domingo, 30 de agosto de 2009

NOITE ( ERRADA) DE BALADA


Após um longo período afastada da noite, sexta feira eu e uns amigos resolvemos ensaiar um retorno às baladas. Combinamos de irmos para um forró, nos arrumamos, e completamente empolgados - admito que eu era a mais animada - nos dirigimos ao local, porém, fomos no dia errado, pois a festa tava tocando musicas de dança de salão.

Super frustados, resolvemos ir até uma boate. Dia errado da Boate também, pois parecia uma festa de quinze anos, não via tanta criança junta desde o aniversario do meu afilhado. Ainda sim, amigos de verdade quando saem juntos sempre se divertem, e depois de dançarmos e rirmos muito, voltamos pra casa. Fico me questionando se a noite de Belém nos cansou, ou se nós nos cansamos dela, mas está claro que há um desencontro que já dura uns três meses ou mais.

Acordamos no outro dia pensando que nem de longe tivemos uma noite à altura dos bons (e velhos??? ) tempos, mas ainda sim, dividir momentos com quem amamos sempre vale a pena.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Vinícius tava certo: QUEM NUNCA CURTIU UMA PAIXÃO NUNCA VAI TER NADA NÃO...


Gostar de estar com alguém, da companhia, de viver momentos especias, até sentir saudades de pequenas "coisinhas especificas" da pessoa é muito bom. Mas gostar de alguem não é o mesmo que estar apaixonado por alguem. Estar apaixonado não é só se divertir ao lado de uma pessoa, é ficar ansioso só de saber que vai encontra-la em algumas horas, é estar morrendo de raiva de alguma atitude dele(a) e dar um imenso sorriso quando se encontram. É querer que a noite que estão dividindo não acabe, é querer que o mundo pare enquanto se beijam.
Estar apaixonado é rir de coisas que só quem já se apaixonou acredita que é engraçado, é sentir-se imensamente feliz só por estar tomando sorvete no meio da semana enquanto escuta como foi o dia do outro.
É acompanhar a paixão em lugares que nunca sonhou frequentar, as vezes meio contrariado, mas qualquer lugar acaba se tornando interessante, afinal ele(a) está com você. Te entorpece, te cega, te deixa sem chão, te consome, te deixa imensamente feliz. Se a paixão fosse uma cor, seria vermelha, daquele vermelho bem forte, impossivel de não notar, capaz de te prender.Quem nunca sentiu isso por ninguém, quem nunca sentiu o que é perder-se de si mesmo por um sentimento, pode ter evitado uma série de transtornos - sim, a paixão também pode acabar deixando estragos - mas evitou uma das melhores sensações da vida.
Quando algumas paixões acabam, as vezes até nos prometemos não vivê-las mais,já que quando partem costumam ter um término tão intenso quanto os momentos mágicos que existiram. Eu mesma já me prometi em inumeras ocasiões não me permitir mais vivê-las, mas honestamente, sem a paixão as histórias ficam ser cor, mornas, o que eu detesto.
Sei de histórias de amor, de relacionamentos sem rótulos (aqueles "ficas" especiais) que sobreviveram , existiram sem a paixão. Sei que também não devo condenar quem optou por não mais senti-la , afinal, talvez já tenha se apaixonado o suficiente. Não condeno também quem nunca ficou louco, irracional por alguem, mas admito que nesa situação sinto um pouco de pena, desculpem.
Gosto de estar apaixonada, da sensação que sinto, poucas coisas devem trazer tanta magia quanto se jogar ao lado de alguem disposto a viver esse mesmo sentimento. Acho que tá na hora de voltar a me permitir...

De alguem que já se apaixonou algumas vezes na vida:

Se ele soubesse o quanto é lindo enquanto dorme....
Parece um anjo, desses que possuem a alma em paz.
Dorme sorrindo, com os lábios traduzindo uma felicidade que talvez seja resultado de seus sonhos.
Dorme em várias posições, inquieto, mas uma delas, a que me faz refém, chega a ser mágica aos olhos: ele coloca uma das mãos por baixo do travesseiro e a outra fica estendida, pronto, é como se uma inocência infantil tomasse conta de seu corpo.
Vê-lo nessa posição dá vontade de que o tempo não passe, uma felicidade vai enchendo o coração, desejo de simplesmente admirá-lo, velá-lo, como se fosse alguem ou algo que nunca vi antes, como se traduzisse toda a tranquilidade que se quer possuir.
O que me encanta, ainda mais, é o cheiro dele, fica diferente.
Eu confesso que não resisto, nunca resisti, e me permito o cheirar, e cheiro as costas, as mãos, pernas, pé, é um cheiro de pele, natural, difícil de encontar por ai, acho que poucos devem exalar esse perfume, eu mesma só senti nele , em ninguem mais.
E então, consumida, sinto a sensação de perfeição tomar conta de mim, vontade de chorar, de agradecer e de rir. Sem nem contestar, ele além de princípe, torna-se deus, santo, anjo, torna-se rei. E eu, humildemente sua súdita, pronta para servi-lo eternamente.
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Era o cheiro dele que a fescinava. Era sua voz suave murmurando obsenidades que a fazia delirar. Não podia mais lutar. Aceitava seu corpo como um adádiva, suas mãos, carícias, pele. Suspirava entre seus gemidos, com olhos turvos, com bocas de desejo. Queria engolir sua saliva, te-lo dentro de si, sentia-se viva e morta. Intensamente. Após, tracavam sorrisos e adormeciam, abraçados e felizes. Completos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

FOI BOM, VALEU ADEUS... - PARTE II


Não resisti, e retomando sobre como finalizar relações, resolvi falar de Sophie Calle, artista plástica francesa que, em 24 de abril de 2004, recebeu por e-mail um carta de rompimento do então namorado o escritor Grégoire Bouillier. A resposta dela não foi por e-mail, transformou-se na exposição CUIDE DE VOCÊ, que pode ser vista até 07 /09 em São Paulo e do dia 22/09 a 22/11/09 em Salvador. A exposição é baseada na interpretação de 105 mulheres sobre o e-mail de seu ex.

Grégoire Boullier escreveu o livro O CONVIDADO SURPRESA, e dedicou à Sophie. O título do livro remete-se a festa de aniversário promovida por Sophie , já que todos os anos ao comemorar seu aniversário, Sophie convidava o numero de pessoas equivalente a idade que estivesse completando, sendo que um dos convidados deveria ser surpresa, ou seja, um desconhecido levado à festa por algum outro convidado. Em uma dessas festas, o convidado surpresa foi Grégoire. Os dois encontraram-se em uma mesa de debate na FLIP desde ano.

Para quem estiver interessado em ler o e-mail, está trancrito abaixo. Tirem suas próprias conclusões:

Há algum tempo venho querendo lhe escrever e responder ao seu último e-mail. Ao mesmo tempo, me pareceria melhor conversar com você e dizer o que tenho a dizer de viva voz. Mas pelo menos será por escrito.
Como você pôde ver, não tenho estado bem ultimamente. É como se não me reconhecesse na minha própria existência . Uma espécie de angústia terrível, contra a qual não posso fazer grande coisa, senão seguir adiante para tentar superá-la, como sempre fiz. Quando nos conhecemos, você impôs uma condição: não ser a "quarta". Eu mantive o meu compromisso: há meses deixei de ver as "outras", não achando obviamente um meio de vê-las, sem fazer de você uma delas.
Achei que isso bastasse; achei que amar você e o seu amor seriam suficientes para que a angústia que me faz sempre querer buscar outros horizontes e me impede de ser tranquilo e, sem dúvida, de ser simplesmente feliz e "generoso", se aquietasse com o seu contato e na certeza de que o amor que você tem por mim foi o mais benéfico para mim, o mais benéfico que jamais tive, você sabe disso. Achei que a escrita seria um remédio, que meu "desassossego" se dissolveria nela para encontrar você.
Mas não. Estou pior ainda; não tenho condições sequer de lhe explicar o estado em que me encontro. Então, esta semana, comecei a procurar as "outras". E sei bem o que isso significa para mim e em que tipo de ciclo estou entrando. Jamais menti para você e não é agora que vou começar.
Houve uma outra regra que você impôs no início de nossa história: no dia em que deixássemos de ser amantes, seria inconcebível para você me ver novamente. Você sabe que essa imposição me parece desastrosa, injusta (já que você ainda vê B., R.,?) e compreensível (obviamente?); com isso, jamais poderia me tornar seu amigo.
Mas hoje, você pode avaliar a importância da minha decisão, uma vez que estou disposto a me curvar diante da sua vontade, pois deixar de ver você e de falar com você, de apreender o seu olhar sobre as coisas e os seres e a doçura com a qual você me trata são coisas das quais sentirei uma saudade infinita. Aconteça o que acontecer, saiba que nunca deixarei de amar você da maneira que sempre amei desde que nos conhecemos, e esse amor se estenderá em mim e, tenho certeza, jamais morrerá.
Mas hoje, seria a pior das farsas manter uma situação que você sabe tão bem quanto eu ter se tornado irremediável, mesmo com todo o amor que sentimos um pelo outro. E é justamente esse amor que me obriga a ser honesto com você mais uma vez, como última prova do que houve entre nós e que permanecerá único.
Gostaria que as coisas tivessem tomado um rumo diferente.
Cuide de você.


terça-feira, 25 de agosto de 2009

FOI BOM, VALEU, ADEUS....


Então conhecemos alguem, ficamos um tempo com essa pessoa, uma semana, duas, dias vividos de forma intensa o que indica que está tudo bem, porém ela some como se tivesse sido abduzida. O celular fica fora de área, ou toca sem parar e nunca ouvimos o "alô" do outro lado. Ficamos sem entender nada, ou entendendo tudo já que algumas vezes, como diria Martha Medeiros, o silêncio fala alto.
Porque algumas pessoas somem assim, sem nenhuma explicação? Algumas vezes acho a outra pessoa prefere acreditar que simplesmente o outro morreu a admitir que não teve o direito de ouvir um "seja feliz". Sei que podem existir vários motivos, quem sabe até nobres, mas comigo, honestamente, prefiro que digam qualquer coisa, até as desculpas mais cliches possiveis.As velhas mentiras sinceras.
Sei que há quem prefira não ouvir o famoso, " não é você , sou eu" ou coisas do gênero, e me pergunto porque. Algumas devem achar humilhante, outras acho que preferem esse silêncio na esperança daquela pessoa que foi sem maiores explicações, voltar sem grandes desculpas, afinal, é muito fácil sair de qualquer história sem falar nada, pois fica mais fácil querer depois voltar sem ter que falar absolutamente nada, ou um somente, estive meio ocupado(a), mas vamos dar uma voltinha? Pode-se perguntar se há quem aceitaria essa pessoa de volta, eu prefiro nem responder essa pergunta.
Não vou negar que já desapareci de algumas vidas sem deixar rastro, mas nunca sumi da vida de pessoas especiais, muito pelo contrário,olhava nos olhos, ou pelo usava telefone quando a distancia não permitia, e dizia o motivo de eu estar indo, mesmo quando as razões pareciam não ter razão.
Talvez essa seja a questão, não me permito mais desperdiçar meu tempo com pessoas que não são especiais pra mim,e como nunca vivi histórias na ilusão de principes encantados, a amizade sempre foi a base de tudo. E não sumo da vida daqueles se tornam meus amigos.
Já ouvi muitos discursos para termino, assim como já ouvi vários discursos de arrependimento,e também não ouvi nada em algumas situações. Dos que eu ouvi algo os carrego no coração, os que sumiram cairam no esquecimento, não perco tempo com covardes.
Não é fácil ouvir que alguem não quer mais ficar com a gente, mas dizer que não se quer mais estar com alguem pra mim é prova de consideração e respeito. Não é uma questão de dar explicações,pra mim é um ato de coragem, é como dizem por ai, dar a cara pra bater. Não é crime alguem deixar de querer algo que queria a instantes atras, então não há porque sumir como se fosse um culpado.

sábado, 22 de agosto de 2009

Trata-se de viver tudo!!!!

O senhor é tão moço, tão aquém de todo começar que lhe rogo, como melhor posso, ter paciência com tudo o que há para resolver em seu coração e procurar amar as próprias perguntas como quartos fechados ou livros escritos num idioma muito estrangeiro. Não busque por enquanto respostas que não lhe podem ser dadas, porque não as poderia viver. Pois trata-se precisamente de viver tudo. Viva por enquanto as perguntas.
Rainer Maria Rilke


Li este trecho de Cartas a um jovem Poeta com uns 12, 13 anos, e estas palavras me acompam desde então. Lembro de na época encomendar o livro pois nas livrarias de Belém não havia um exemplar sequer, e quando chegou - quase um mês depois - o devorei em um dia. Me instiga essas palavras, pois contumamos querer entender tudo, rotular sentimentos, relações, pessoas, procuramos encontar definições no que nem sabemos exatamente o que são. Por que? Mais ainda, Pra que? Será que é uma questão de segurança, necessidade de acreditar que temos a vida sob controle? Já faz algum tempo que desisti de rótulos, de entender situações, acredito fielmente que ninguem é 100% algo, e nenhuma situação tem somente uma verdade. Somos milhares dentro de um só - daí tantas inquietações, tantos questionamentos. Muito melhor que entender é sentir, talvez um pouco instintivo , porém, sentindo a vida , esta pode se tornar mais leve, e vivendo a pergunta, pode ser que quando a resposta venha, esta se revele menos interessante do que a própria dúvida. E honestamente são esses questionamentos, essas dúvidas, essas perguntas que nos impulsionam, nos fazem evoluir.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

SEPARAÇÕES


Eis um tema que sempre causa um certo alvoroço. Li mês passado Outra Vida do Rodrigo Lacerda, e como de costume, passei alguns dias digerindo algumas novas observações/ percepções. Separação sempre é traumática. Mesmo quem afirme que não teve nenhum problema ao dizer adeus a alguem ou a algo, na verdade, sente. Talvez só haja algum outro sentimento que dificulte assumir que está sofrendo sim.
É uma ruptura com algo que convivemos por um certo período, é abandonar planos feitos lá atras. Há no mínimo uma dose extra de frustração. Em certos momentos no livro, os personagens se olham e vêem que o futuro que imaginaram viver juntos, não aconteceu, e há um certo tom de revolta nisso, uma certa caça a culpados.
Fico imaginado quantos casais continuam juntos por medo de viver todas as fases de uma separação, por medo do novo, do recomeço. Tempos atras um amigo que namora uns cinco anos com uma moça e a trai com qualquer uma me falou assim " o destino vai dar um jeito de eu conhecer alguem e então vou me apaixonar de verdade". Fiquei meses pensando no que ele me disse, e honestamente, até hoje me entristece as palavras dele. O que o prende a essa moça? Covardia?
Sair de uma história, mesmo falida não é fácil.Por algum tempo a tristeza, dor, saudade, o medo do desconhecido serão companheiros diários, mas será que não vale a pena correr o risco de tentar sobreviver as etapas de um " até nunca mais. seja (in) feliz...", pra se libertar de algo que já não preenche as lacunas que carregamos? É fato, se ocorre uma separação, é porque alguem não está completemante feliz.
Separações levam uma parte de cada um, mesmo que seja uma parte pequena, e nem sempre há reposição para compensar. È perder. Perdemos sonhos, perdemos pessoas, perdemos sorrisos, projetos, mas tambem ganhamos a oportunidade de reiniciar , de nos reinventar, de acertar ou errar novamente, e no final, na soma do que se ganha e do que se perde, ficam cicatrizes que podemos esconder ou não.

domingo, 16 de agosto de 2009

MONOBLOCO - uma festa.

Sempre tive a curiosidade de assistir um show do Monobloco, e fiquei encantada. É MARAVILHOSO. Energia pura, contagia. Claro tava acompanhada de duas amigas especiais, Grace e Liane, muita gente bonita ao redor, rs, de fato uma noite carioca. Se alguém quiser mesmo se divertir, não tem erro, e só se preparar para dançar do inicio ao fim. Quantas as vezes mais eu assisto esse show??? Sempre.



A felicidade que os sorrisos revelam.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Vivendo a poesia

Este ano resolvi realizar um dos meus sonhos. Conheci a FLIP. Desde a primeira edição morria de inveja das pessoas que viviam aquela festa. Enfim, este ano conferi de perto, e, realmente, Paraty é Festa por todos os lados, em todas as ruas, em todos os cantos. Ainda não assimilei tudo o que vivi, ouvi e senti por lá, e quer saber, amo essa idéia. É como se ainda tivesse o gostinho na boca, o gostinho de almoçar ouvindo poesia recitada por um Arlequim, o de conhecer pessoas interessantes, de assistir shows, de ficar na dúvida sobre qual programação seguir ( sim, eram três programações diferentes acontecendo). Ouvi algumas mesas, e ouvi atenta algumas observações, as quais volta e meia, me pego refletindo. Me encantei com a Flipinha, confesso que me emocionei e chorei ao conhecer a Ruth Rocha , afinal ela lembra a minha infância. Chico consegui ver de pertinho, me apaixonei e confirmei meu amor por tantos outros autores, e o que é aquela noite em Paraty? rs. Melhor nem comentar. Enfim, lugar lindo, evento mais lindo ainda, e viver a poesia de Manoel Bandeira pelas ruas foi incomparável.

Estou no projeto de a partir de agora, ir todos os anos para a FLIP, quem quiser me companhar, sinta-se convidado.

A Tenda dos Autores.

O som que tornou uma simples tarde muito mais mágica.

A cidade que me fez descer do salto. Literalmente.

Flipinha com Ruth Rocha.

O Arlequim.

Poesia ao pé do ouvido.

A imagem clássica com Manuel Bandeira ao fundo.

O início

Resolvi criar um blog. Gosto da ideia de socializar o que me intriga, instiga e faz feliz ou decepciona. Confesso que resisti à ideia por muito tempo. Mas estou num momento de novos projetos. E este será mais um.