terça-feira, 20 de novembro de 2012

NUNCA MAIS

O grande problema da morte é a sensação do nunca mais. Por mais que nos digam que nos reencontraremos em outro plano, ainda sim, a condição humana que nos foi imposta encontra dificuldade com o falecimento de alguém que nos é querido. A principio vem uma dor que parece que nos rasga por inteiro, posteriormente aprendemos a conviver com essa dor, talvez por isso a impressão de que ela vai diminuindo, e então vem a saudade e uma expressão que não sai da cabeça: "Nunca mais". Nunca mais aquela pessoa virá sorrindo em sua direção como acontecia quando se reencontravam, nunca mais sentir o cheiro da pessoa, ouvir a voz do outro, aliás não mais ouvir seu nome sendo dito pela voz do ente que tanto se amou, chega a ser desesperador. Sentimos falta da presença, sentimos até falta da pessoa reclamando sobre algo com a gente,e o nunca mais te rouba isso. Brigamos por muito pouco, discutimos por tantas bobagens, incrível como vivemos como se tudo fosse ser eterno. Não é. Perdemos tanto tempo com algumas pessoas, histórias, com problemas potencializados por nossos pensamentos, que esquecemos de viver com quem e com o que vale a pena. A morte traz a tona a maior realidade que existe, que no fundo, somos muito pequenos e que ainda temos muito o que evoluir, principalmente pra aprender a conviver com o nunca mais e valorizar o que a vida te dá de presente.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

MAIS SILENCIO

Há um ano que o único ruido que escuto pertence a esse silencio que nos sentenciamos. Incrível como tua voz ainda ecoa antes de eu dormir ou quando acordo domingo pela manhã. Ainda me pego, confesso que cada vez mais raramente, acordando de madrugada pra ter certeza que não tem nenhuma mensagem tua ou uma ligação em que me cantarias Julio Iglesias com aquela voz que só os bêbados conseguem ter. É só algo inusitado invadir minha rotina que penso em te ligar , e entao dou um sorriso pois lembro que nem teu numero tenho mais, minha memoria o apagou, aliás teu cheiro também saiu das minhas lembranças, na verdade o cheiro que ainda me permito sentir que sei que me remeterá a recordações é o cheiro daquele sabonete que sempre tinhas no teu banheiro. Algumas musicas parei de escutar, algumas ruas voltei recentemente a usa-las, pois junto com essas musicas e ruas a tua ausência grita desesperadamente. As vezes penso que seria bom te ouvir mais uma vez, nem que fosse um "bom dia" timido ,talvez fizesse menos barulho do que esse nunca mais que sabemos que é pra sempre.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Impressionante a capacidade que temos de criar rótulos. Rotulamos pessoas, sentimentos, relações, e ainda sim, temos o hábito de proclamar aos quatro ventos que não devemos julgar ninguém. Será que rotular não é julgar e sentenciar previamente alguém? Ao nos preocuparmos em definir algo ou alguém será que não estamos esquecendo quem realmente são essas pessoas ou sentimentos, o que realmente está por tras dessas definições? Acho engraçado quando alguém, tenta me definir baseada com conceitos pre constituidos, e imediatamente penso, pronto mais um que me julgou sem me conhecer, sem estar presente nos meus dias, sem estar presente na minha vida. E fazemos isso o tempo todo, quando conhecemos alguém e pasamos a sair com a pessoa a primeira coisa que os demais nos perguntam s é "e ai, já estao namorando?" Como se fosse uma definição de relação que definisse o sentimento envolvido numa história. Claro que ao dividir essa minha ideia entre conhecidos já ouvi que quando alguem assume namoro muda tudo, é como se tudo tornasse diferente.Ai fico imaginando que muda mesmo. Pra maioria, infelizmente, quando se assume um compromisso de namoro ou de casamento, também adquire uma propriedade: " meu/minha namorado, marido, esposa, namorada..", mas isso é assunto pra um outro dia. Parece que temos dificuldade de aceitar que os sentimentos podem sim ser livres de qualquer titulação, que so devemos respeito a um sentimento se ele estiver enquadrado entre os que já conhecemos. tenho pensado se não temos medo de pessoas que não fazem questao de se enquadrarem no que foi criado pra elas, pessoas que não tem receio de serem o que são e não se esconderem atras de mascars, elas assustam por quererem ser quem elas sao, e isso é uma afronta pra uma maioria que cria personagens para viver. Acho que é bem por ai, rotulos sao criados pois as pessoas não se permitem ter varios adjetivos, ou elas são inteligentes, estudiosas, homosexuais, farristas, bebadas, gostosonas, malhadas, amélias, profissionais de sucesso, fracassadas, ou não são mais nada. Me recuso. Me recuso a existir em um unico papel,não sou feita de uma unica parte, e nem acredito que alguem assim seja, ninguem é so uma coisa. Portanto antes de me rotularem de doida pelo que penso ou de qualquer outra coisa, pare na frente do espelho e tente se perguntar quem voc~e é, ou tente colocar no papel uma auto critica, e não esqueça de depois me provar em que sanidade você está inserido.

domingo, 9 de setembro de 2012

DAS CARTAS QUE ENGAVETAMOS

Sinto muito por não conseguir olhar pra você como te olhei há quase seis anos atras, na saída do forum. Durante esses dois anos afastados, foi como se nossa história tivesse acontecido em outra vida, e talvez tenha acontecido mesmo , numa vida em que prolongamos por quase quatro anos, insistindo contra tudo e todos, inclusive contra nós mesmos. Como te disse pelo telefone, sinto falta do que tínhamos, sinto falta da cumplicidade,da amizade, das viagens, de lhe receber no aeroporto, e principalmente de ser recebida por você. Sinto falta de saber que você gostava de mim do jeito que sou ( logico do seu jeito de gostar) e eu de gostar de você sem querer mudar sua natureza. Me perguntei nesses ultimos dias se foi justamente a sua natureza que nos afastou, ou se fui eu quem cansou de perdoar.Não sei a resposta, na verdade nem sei quando e como aconteceu, mas meu olhar pra você mudou desde o final e 2009, bem como o seu estava cansado de mim naquele momento, por favor, reconheça isso. Admita. Ainda que hoje , mais uma vez , você queira tentar, so posso lhe dizer que não consigo, não é que não gostaria,é que não consigo.E não é facil afirmar isso. Dói perceber que um amor tao grande como o que eu senti não tenha sobrado o suficiente pra tentar mais uma vez. Gosto de você, estarei sempre as ordens, mas não como voce ainda acredita que possa acontecer. Sinto muito, espero que você me entenda. A nossa historia aconteceu como tinha que acontecer. Durou até quando tinha que durar. obrigada por tudo. beijos

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

NASCEMOS PRA VOAR

Assistindo ontem Gabriela, em uma cena, ela admitiu para o Nacib que soltou o passarinho porque ele tinha asas portanto deveria voar, e em outra cena afirmou que "gente deveria também voar". Concordo. Temos que voar ,e alto muitas vezes, e só pousar quando realmente sentirmos essa necessidade. Nos cobram lealdade e fidelidade, mas como podemos ser assim com os outros se não pudermos ser leais e fieis ao que somos? Não estou falando no mantra" eu nasci assim, vou ser sempre assim... " mas a natureza pode até se adaptar, mas ela sempre vai estar lá. Pode ser mitigada, velada, mas sempre vai estar lá. Respeitar sua propria natureza , nao se violar por ninguem ou nada é a maior prova de amor proprio que se pode ter. Implico com quem fala "encontrei minha cara metade, a metade da minha laranja", eu não quero ser metade de nada, nem de fruta, nem de comida, nem de ninguem,e nem quero que alguem vá ser minha metade em nada, quero ser inteira e ver o outro como um ser inteiro , respeitar e ser respeitada por isso. Logico não quero ser intransigente e não abrir mao de uma ou outra coisa, mas não quero que violem a minha liberdade de ser quem eu sou. Não são as relações humanas que nos aprisionam. Nos poem em grades as pessoas inseguras, que criam mecanismos para nos fechar entre cadeados e, muitas vezes, infelizmente, conseguem nos convencer que este é o caminho mais seguro. Como disse o personagem do Nacib :"o passaro deveria estar feliz, ele tinha comida todo dia, tinha casa, agora solto, ele não tem a certeza que ira se alimentar todos os dias". E quem disse que é so disso que precisamos hein nacib? Viver é isso, é voar ao desconhecido, com a liberdade de escolha, inclusive a liberdade de escolher se trancafiar em alguma prisao. Lembrei da frase de um filme que amo: “Sei que alguns pássaros não podem viver numa gaiola. Suas penas brilham demais. E, quando eles voam, você fica contente, porque sabia que era um pecado prendê-los.” — Um Sonho de Liberdade

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Permita-se. Naturalmente.

Se tem uma frase que quem ainda não sabe se quer um relacionamento ou comprar uma bicicleta gosta de falar é : " Melhor acontecer naturalmente",senão me falha a memoria já virou até letra de pagode essa expressão. Na verdade nada melhor que aconteça assim mesmo, naturalmente, pois nada artificial tem o mesmo sabor. Porém acontecer naturalmente é ACONTECER, é estar disposto a fazer acontecer, é dar chances para que encontros se façam mais presentes que desencontros, é ligar , é estar por perto quando for necessário ( não grudados pois temos que trabalhar, estudar, ter hobby, esporte...), é ir conquistando o outro a cada encontro. Se há sumiço, ausencia prolongada não está nada acontecendo naturalmente, pois simplesmente , NADA está acontecendo. As vezes me pergunto se uma parte da população que usa essa frase, usa com o intuito de envolver a outra pessoa,( pra não ser severa e dizer enrolar a outra pessoa), e com isso vai-se ganhando tempo, sem cobranças, naturalmente, rs. Pessoas que usam esse argumento com este proposito, não estão presentes , estão é ausentes, perdidas nelas mesmas e sem pressa de se encontrarem. Não há problemas em estar perdido, as vezes faz-se necessario sair de orbita, se conhecer ou reconhecer novamente, mas entao usar a expressao pra acontecer naturalmente é mais desculpa furada que qualquer outra coisa. Estar perdido é uma coisa, ser coerente e honesto é outra completamnete diferente. No fundo, a melhor coisa é se permitir, é fazer acontecer, sem pressa, mas com toda a verdade, não essa em que "vomitamos" o que decidimos de forma egoista pra nossa vida, mas aquela verdade que só quem está de peito aberto pra vida pode sentir, e entao, dessa forma, as historias acontecem. Na verdade se alguem realmente tá interessado em outro alguem não usa a expressao " acontecer naturalmente", que é mais um ato de se colocar nas maos da vida, de forma descompromissada, e sim permite-se. Naturalmente.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

liga pra mim.....

Ando com uma certa irritabilidade em relação a mensagens via celular. É serio. Desde que as operadoras de telefonia móvel resolveram fazer promoções incriveis para as mensagens, ligar para alguem ficou uma coisa rarissima. Claro o ideal seria encontrarmos sempre quem amamos, nossa familia, amigos, nnamorado, mas as vezes a distancia não permite, o cotidiano te nega, portanto o telefone veio para resolver a situação, mas ai surgiram as mensagens. Mandar uma mensagem rápida do tipo, "já cheguei, vem logo", algo rapido assim, ainda dá pra aguentar, mas querer conversar via mensagem, não tenho paciencia não.Isso está ficando chato. Ta me dando saudade de ouvir os que amo. Mandar uma mensagem tira a felicidade que é ouvir suas risadas, suas formas de falar, sua personalidade emitida atraves da voz. As mensagens têm nos roubado o gosto dos sentimentos, ou vai me dizer que é melhor ler um "eu te amo" ou ouvir um "eu te amo". Tá com saudade, quer contar a ultima novidade? liga.Aproxima muito mais uma ligação que uma mensagem. Acho que ando meio irritada com tanta tecnologia e pouca aproximação. Sou do tipo que gosto de pele, cheiro, beijo, abraços, risadas, tudo isso junto, e isso não dá pra transmitir em uma só mensagem.Em uma ligação já fica um pouco impessoal, mas em uma SMS, vamos lá hein, vamos admitir, em poucos caracteres não se pode resumir isso tudo que é a vida. Vou procurar mandar menos mensagens, prefiro gastar um pouco mais e matar saudades em uma ligação do que que ficar refem de um "cade vc?" "porque sumiu?" ou "saudade".

sexta-feira, 1 de junho de 2012

EU TAMBÉM CANSEI MONALISA

E pela milesima vez resolvi cortar os cabelos. E daí? - podem me perguntar - dai que se você for um bom observador irá perceber que ao seu redor as mulheres estao andando com um unico estilo de cabelo, todas iguais, como se estivessem sido fabricadas no mesmo endereço. Quase todas usam o cabelão chapado.Estao seguindo moda, podemos pensar,é mais pratico, enfim, teremos a desculpa que quisermos dar para justificar esse padrao que estamos nos impondo. Eu mesma aderi durante bastante tempo,claro que sempre dando um jeito para que o corte fosse mais diferenciado, mas admito que muitas vezes saia de casa como uma clone de varios alguens que iria encontrar na rua. POis bem, há um ano vinha tentando escurecer os cabelos, na verdade os assumir, o que comecei a fazer há uns meses atras, mas decidi que queria me libertar, que queria arranjar um jeito de dizer quero me sentir livre desse padrao. Com a visita na semana santa em ilheus, em homenagem a gabriela havia decidir assumir os cachos longos, fiquei um mês quase assim, até que uma amiga falou que eu não tava igual a gabriela e sim igual a uma surfista. entao percebi que algo ainda estava errado. Sexta passada chamei o junior e pedi pra ele cortar sem pena, e como a mercedes no Divâ pedi o famoso "repica.....". O resultado: me senti livre, dei alforria pra uma vanessa que não existia desde que era ruiva quando todas eram loiras por causa da carla perez. Na verdade estava cansada. cansada do mesmo estereotipo, é como se o cabelo tivesse tirando as minhas forças, minha vitalicidade, minha personalidade. Não fui radical como a Monalisa acima, até proque o corte " joazinho" também não me refletiria, mas que fiquei diferente isso fiquei. Claro que já recebi elogios, e também aquela cara de "tu es louca" daquelas que tem medo de abandonar o cabelo-clone, ai eu que falo, e dai? Já ouvi que homens gostam de mulheres com cabelos longos, nooosa, tenho uma lista de coisas que gosto nos homens e não me lembro deles estarem tentando se adequar ao que eu gosto. Hoje,me sinto vivendo em plena liberdade, liberdade de assumir minha personalidade sem problemas nenhum a refletindo no meu corte de cabelo. Não pretendo ser igual. Seguir moda, tendencia é uma coisa, alias seguir no sentido de adapta-la a quem somos, mas nos tornar-mos escravas não, obrigada. Decidi que quero andar na rua sem medo de estragar o cabelo, tomar banho de chuva , decidi que quero me olhar no espelho e me reconhecer.Chanel dizia que quando uma mulher corta o cabelo ela quer mudar de vida, Não quero mudar de vida, quero assumir a minha, e quem não gostar, não posso fazer. paciência.

domingo, 15 de abril de 2012

NOITE MÁGICA



Fui assistir o Roberto Carlos mês passado. Fui com amigos e a intuição me diz que não teria melhores companhias ( Obrigada Keila, Rui, Paula e sabrina).Assistir o Roberto era um sonho pra mim, sempre tao obviamente romantica.
O show foi lindo, ver a paula chorando o show inteiro me emocionou mais ainda, mas também senti uma saudade diferente, senti saudade de amar.
As letras do Roberto, por mais bregas que possam ser ( existe algo mais cafona que o amor?) remetem pra um amor tao intenso, remetem a historias de pura paixao, loucura, e sim, foi disso que senti falta, senti falta de estar vivendo uma historia que nos mofifica, nos revira, nos faz feliz e dá calafrios só de olhar pra pessoa. Isso é bom demais.
Podem dizer que é efemero, que vai passar, que blá-blá-blá, mas honestamente é muito bom ver "as estrelas mudarem de lugar", mesmo que depois mudem pra um lugar bem distante,rs.

quinta-feira, 8 de março de 2012

EDUARDO E MÔNICA



- Tá, tudo bem, você está me enrolando, quantos anos realmente tens?
- Vamos fazer o seguinte, quantos anos você tem?
- Adivinha??
- Uns vinte e quatro?
- Menos.
- Vinte e tres?
- Menos.
- Pelo amor de Deus , me diz que não és menor de idade.
- (risos) Vinte. E você? Sei que és mais velha que eu.
- Passei dos trinta.
- Eu não tenho problemas com idade.

Ela sorriu, mentiu que também não tinha problemas com diferença de idade e o beijou para (ele) esquecer aquele diálogo. Ela, logo ela que sempre se envolveu com homens 10, 20 anos mais velhos, estava ali, feliz ao lado de alguem que ainda tinha o cheiro e a fome insaciável da juventude. Feliz e leve como só os primeiros romances de nossas vidas são. Não haviam filhos entre eles,ex esposas, nem a carga de encontros e desencontros que a vida possibilita. Não haviam planos, nem futuro. Naquele momento somente existiam risos, beijos e brincadeiras que infelizmente os casais vão esquecendo enquanto a juventude vai passando.E naquele momento ela sentiu saudades da juventude dela, juventude que na epoca resolveu usufruir com pessoas que nem eram tao jovens assim.Que bom que ele tinha 21 anos. Que bom.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

"Os opostos se distraem, os dispostos se atraem" Teatro Mágico



Já houve um tempo em que acreditei que o amor era o unico comandante das relações, depois essa idéia se misturou com a de que quando tiver que acontecer , acontece, que Deus poe no caminho e pronto. Entao, conversando com uma amiga (que quando a conheci, ela era uma menina de uns 10 anos de idade no maximo)ela me fez parar e (re)pensar mais uma vez.
Ela me olhou e disse que Deus, a vida podia até colocar a pesoa "certa" ou como gosto de falar alguem especial, mas somos nós quem escolheremos o que fazer com aquele presente de Deus, da vida.
Sim, são nossas escolhas, nossas decisões que nos aproximam ou nos afastam das pessoas.
Entaõ comecei a desconfiar que as histórias sõ acontecem quando realmente queremos que elas aconteçam. O Teatro Mágico já falou "Os opostos se distraem, os dispostos se atraem".Acho que eles estão certos.
Não importa somente se são duas pessoas iguais ou se são opostas o que importa é estarem dispostas. Se relacionar não é facil. Não é facil conviver com nossos familiares, com os amigos que escolhemos, imagina conviver com um até pouco tempo estranho, pra isso só muita disposição.
Lógico temos que estar no minimo encantados, admirados com o outro, mas temos que permitir que isso aconteça, é facil não ligar no outro dia, ou inventar uma desculpa para rejeitar o convite pra sair, dificil é começar, é tentar viver mais uma história, dificil é sobreviver a um primeiro encontro e aos outros onde serão descobertos as manias e defeitos do outro.
Que fique claro que essa disposição tem que ser dos dois, pois caso contrario o nome é ilusão.
Reavaliando anos de romantismo nas minhas raizes, posso afirmar hoje que estou acreditando nas relações que vão sendo construidas aos poucos, detalhadamente, com vontade, porque há energia voltada pra que ela dê certo, e cada vez mais convencida que Artuh Távola tava certo : "só o amor não basta".

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ESQUECEMOS DO BÁSICO....




Lá estava eu na fila de rematricula do ingles , pois bem quando chega a minha vez, um menino de 12 ou 13 anos senta na cadeira para ser atendido. Olhei, pedi licença e falei que estava na fila, ele me olhou sem o menor constrangimento e me disse: to nem ai.
Eu fiquei incrédula. Juro. Na verdade tentei argumentarargumentos estes que foram ignoradas por ele.
Voltei pra casa indignada e triste. Com que exemplos estão sendo criadas as novas gerações? Fiquei me perguntando, aonde foram parar as palavras magicas: obrigada, desculpa, por favor e licença? Aonde foi parar o respeito?
Minha mãe me falou que com certeza pro menino ter me respondido daquela forma ele já deve ter visto os pais fazerem a mesma coisa, já deve ter exemplos de desrespeito ao proximo.
Não quero ser moralista, mas por favor, até quando vamos continuar agindo como homens da caverna , e o pior permitindo que crianças desde cedo não tenham idéia do que não é agir como um troglodita.
Sempre penso na responsabilidade que é educar uma criança, mas e nós será que estamos de fato sendo educados e dando bons exemplos ao mundo?Ando cansada de gente reclamando do governo, de ruas sujas, da politica, mas ando mais cansada de ver essas mesmas pessoas jogando lixo na rua,furando filas, tratando com ignorancia ou soberba as outras pessoas, estacionando em vagas de deficiente, construindo calçadas ( quando controem) sem pensar no pedestre. Alguns fatalistas dizem que é o final dos tempos, não sei se tem razão, mas sei que cada vez mais vejo pessoas sem a menor noção do que é viver em uma sociedade e de ter respeito pelos direitos e pelos outros.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012


Havia desistido de escrever no blog. Havia inclusive pensado em criar um outro, mas após conversar com outra amiga que também está pensando em retomar a vida de blogueira, resolvi reler o que eu já escrevi desde que o criei.
Gostei de rever todas as fases que passei nos últimos anos, gostei de me ver , de me reconhecer e principalmente de perceber as mudanças que foram acontecendo nos últimos anos. Rever viagens que me foram mágicas, opiniões que continuo tendo e outras que foram sendo modificadas, sentimentos que enterrei , que acabaram, e alguns que me fizeram sentir saudade, planos concretizados e outros adiados.
Ao acabar de relê-lo senti algo que não consegui descrever, senti felicidade, paz, e a sensação (certeza) que TUDO, absolutamente tudo, passa, como uma vez alguém disse, não há dor nem felicidade que dure pra sempre. Isso é vida.
Não tenho porque desistir do blog ou de escrever o que me dá vontade, porque ainda que eu esteja vivendo sem grandes novidades, em uma rotina momentaneamente pesada, no fundo a vida não é feita somente de grandes acontecimentos merecedores de holofotes. A vida é feita de fatos e histórias de cotidiano, que acontecem enquanto esperamos em alguma fila, enquanto dirigimos, enquanto trabalhamos, enquanto respiramos. E se ninguém vier a ler, tudo bem, toda vez que eu sentir saudades de mim já sei aonde me encontrar, retalhada como em um mosaico.