quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ESQUECEMOS DO BÁSICO....




Lá estava eu na fila de rematricula do ingles , pois bem quando chega a minha vez, um menino de 12 ou 13 anos senta na cadeira para ser atendido. Olhei, pedi licença e falei que estava na fila, ele me olhou sem o menor constrangimento e me disse: to nem ai.
Eu fiquei incrédula. Juro. Na verdade tentei argumentarargumentos estes que foram ignoradas por ele.
Voltei pra casa indignada e triste. Com que exemplos estão sendo criadas as novas gerações? Fiquei me perguntando, aonde foram parar as palavras magicas: obrigada, desculpa, por favor e licença? Aonde foi parar o respeito?
Minha mãe me falou que com certeza pro menino ter me respondido daquela forma ele já deve ter visto os pais fazerem a mesma coisa, já deve ter exemplos de desrespeito ao proximo.
Não quero ser moralista, mas por favor, até quando vamos continuar agindo como homens da caverna , e o pior permitindo que crianças desde cedo não tenham idéia do que não é agir como um troglodita.
Sempre penso na responsabilidade que é educar uma criança, mas e nós será que estamos de fato sendo educados e dando bons exemplos ao mundo?Ando cansada de gente reclamando do governo, de ruas sujas, da politica, mas ando mais cansada de ver essas mesmas pessoas jogando lixo na rua,furando filas, tratando com ignorancia ou soberba as outras pessoas, estacionando em vagas de deficiente, construindo calçadas ( quando controem) sem pensar no pedestre. Alguns fatalistas dizem que é o final dos tempos, não sei se tem razão, mas sei que cada vez mais vejo pessoas sem a menor noção do que é viver em uma sociedade e de ter respeito pelos direitos e pelos outros.

2 comentários:

  1. Hoje mesmo eu disse algo assim: se vc acha que não deve bater no seu filho (claro q pedagogicamente), não esqueça que a vida tem a mão bem mais pesada que a sua e que ela não bate, ela espanca. Os pais esqueceram que eles têm o poder de dizer não e que dizer não é mais educativo do que consentir sempre. Mas enfim... As novas gerações vão de mal a pior. Espero não viver mto pra não ter que lidar com gente assim na velhice por muito tempo.

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  2. Marco Antonio Solimões15 de fevereiro de 2012 às 17:57

    Oi minha amiga. Em primeiro lugar gostaria que soubesse que tenho muitas saudades de você.
    Quanto ao seu post, espero que não fiques incrédula com as pessoas, sobretudo com as crianças, digo isso por que acredito que quando desistimos dos outros desistimos de nós mesmos.
    Vou te contar de minha experiência recente:
    Meu filho veio passar férias comigo. Ele já está com quatro anos e está começando uma fase decisiva para a sua formação. Quando ele chegou, estava cheio de manias, estava realmente irritante. A princípio pensei que não valeria apena tentar interferir na maneira como ele estava sendo educado, afinal ele iria passar apenas dois meses, e eu deveria me concentrar nas coisas boas com ele, e não em tentar corrigi-lo. Também havia outro problema, do que adiantaria eu me desgastar corrigindo ele se ele poderia voltar a adquirir as mesmas manias quando voltasse para São Paulo (onde ele mora com a Mãe). Então fiz o que a maioria dos Pais faria, curti os dias com ele, levei para passear, tomar sorvete, fui ao cinema, à praia, ao parque, joguei vídeo game e futebol. Foi tudo muito divertido, exceto pelas tolices de crianças e pela completa falta de trato com as outras pessoas (apesar de ele ser sempre muito educado comigo, ele não reagia bem a presença de amigos, primos dele, etc...).
    Um certo dia, durante este período que ele passou comigo, mudei de opinião, pensei novamente e imaginei que de nada adiantaria ele passar este tempo comigo, se ele não iria levar nada de bom na formação de seu caráter. Então continuei a fazer as mesmas coisas, as mesmas brincadeiras, e em cada pequena oportunidade que surgia eu aproveitava para tentar faze-lo entender que certas atitudes dele eram erradas. Eu não esperava ele me deixar irritado para eu chamar sua atenção, muito pelo contrário, eu aproveitava os momentos mais alegres, em que ele estava mais receptivo, para tentar mostrar como eram desagradáveis certas atitudes e o que ele poderia aprender para ser uma pessoinha melhor.
    Algumas pessoas podem dizer que ele é uma criança muito jovem ainda e que ele não entendeu nada do que se passou, eu mesmo tive esta dúvida.
    Algumas noites antes do dia de ele voltar para São Paulo, ficamos até tarde da noite só conversando (feito gente grande), e ai ele começou a falar (sem que eu tivesse tocado no assunto) das coisas que ele aprendeu comigo, me pedindo para ajuda-lo a lembrar de todas as coisas novas que ele aprendeu naqueles dois meses. Conversamos por horas, e ele não falou de sorvetes, praias, parques, cinema ou vídeo game, mas ficou horas repetindo, com visível orgulho, as mudanças de atitude que adquiriu naqueles dias.

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