sábado, 30 de janeiro de 2010

HÁ TANTAS PESSOAS ESPECIAIS...

Uma das frases que costumo repetir é de Vinicius de Morais, que a vida é a arte do encontro. E é. Quando reconhecemos pessoas especiais, sabemos que é o encontro. Essas pessoas nem sempre ficam pra sempre, as vezes ficam bem menos tempo que gostariamos, mas percebemos de imediato o que de importante elas nos deixaram. Quando alguem entra na vida de outro nem sempre se dá conta de que mesmo sem ter a intenção, pode modificá-la, acrescenta-la, ou sugá-la. Já dizia Antonie Saint Exupery em seu clássico que nos tornamos eternamente responsaveis por aquilo que cativamos, na verdade poucos tem idéia da responsabilidade que é fazer parte da vida de alguem pelo menor tempo que seja. Afinal quando a vida nos permite encontar alguem não sabemos que fantasmas o outro armazena, que sonhos quer realizar ou ilusões quer destruir.
Pessoas especiais chegam, ficam, as vezes vão, mas sempre deixam a sensação de que somos gratos por termos cruzado nossos caminhos com elas. O engraçado é que nem sempre elas sabem do quanto fizeram diferença em nossas vidas.

Obs: Lembrei do livro ( e filme) as cinco pessoas que você encontra no Céu.


Há uns dias atras tomei conhecimento que uma amiga deu um "sacode", digamos assim, no namorado, por  este estar colhendo onde nem deveria ter plantado. Ontem tomei conhecimento de duas mulheres que brigaram num banheiro de um estabelecimento por motivos similares (ou não) ao de minha amiga.Jamais julgarei uma atitude desta, e depois pensando melhor passei até a invejar quem toma essas atitudes, afinal, descarregam ali, fisicamente suas dores, fraquezas, indignação ou rancor. Quem me conhece sabe que em situações em que deveria ter assumido uma postura mais enérgica, ainda que em palavras, acabei por dar as costas, muitas vezes sem nem abrir a boca. Ia embora com um peso imenso e em retalhos. Por semanas, anos a fio, fiquei (fico?) remoendo a mesma cena, a mesma angústia, pensando e repensando, num circulo sem fim, muitas vezes planejando diágolos vingativos em que eu seria a vitoriosa .
Vou embora também porque normalmente não consigo acreditar que aquela pessoa mereça quelquer palavra  minha que seja, além do que aprendi que contra alguns fatos não há argumentos.
Fiquei pensando e ainda vou perguntar para aqueles(as) que fazem "um barraco" na hora de resolverem suas diferenças ou decepções, se a dor é menos densa pra eles já que "gritaram" pro mundo o que lhes aflinge e descarregaram suas energias de alguma forma.Não há atitudes certas ou erradas. São somente formas diferentes de encarar a mesma situação. Mas admito que fiquei me perguntando se não seria melhor eu expor mais minhas indignações em cima de quem as causou, mesmo sabendo que dificilmente eu mudaria nesse aspecto, e devo continuar dando às costas, fazer o quê...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

AVATAR

                                                                  cena do filme Avatar

Final de semana passado levei meu afilhado e meus primos para assistirem Avatar. Mega produção cinematográfica. No final as crianças me olharam e me disseram que o filme era triste.Avatar tem uma realidade disfarçada no filme. Sob meu ponto de vista aquela tribo era uma metáfora sob as diversas "tribos" que foram exterminadas em nome de uma "civilização", de um progresso que nunca respeitou as adversidades culturais. Interessante quando falam que o filme é de ficção científica, não vou discordar que a magia toma conta da produção, bem como há artificios tecnológicos e estudos cientificos que só a fantasia humana poderia elaborar , mas é um filme de guerra, guerra entre uma raça que subestima a outra. Nunca consegui encontrar fantasia quando os colonizadores chegaram para explorar  terras alheias  e impuseram seus meios de vida, suas verdades e suas crenças. Reparando nos "nativos" do filme eles lembram  indios já que usam tangas, tem uma relação de respeito com a   natureza, usam uma outra língua, usam o arco e flexa como arma e se pintam para a guerra. Realmente as crianças tem razão, é um filme triste, já que um povo tem que lutar para não ser massacrado somente por não se enquadrar no que é tido como civilizado pelos demais.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

ACONTECE POR AÍ - IV




 Não sabiam como, nem porque, mas sabiam que, não importava o tempo ou distância,   vivem para estarem um ao lado do outro. O mundo dizia não. O destino dizia não. As incompatibilidades de gênios negava qualquer possibilidade de se unirem. Mas sabiam que tinham que ter o outro em suas vidas. Ninguem nunca entenderia. Sabiam-se completos entre suas imperfeições. Eles não entendiam, nunca entenderiam, mas sabiam que não conseguiriam ser completamente felizes sem a presença ,tão negada, do outro.   Se pertenciam, estavam presos um ao outro, isso nunca mudaria, por mais que tentassem. E tentam.


OBS: Os personagens do filme " Nosso amor de ontem" conhecem esse sentimento.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

AS ROSAS FALAM.


Acredito em sinais que a vida manda pra gente. E normalmente são sinais pequenos, podemos fingir que não existem, ignorá-los, mas se prestarmos atenção eles acontecem das formas mais variadas e inusitadas. Pode-se argumentar que são simples acontecimentos e que como quero algo vou encontrar todas as justificativas possiveis para chamá-los de sinais. A única certeza do que tenho é do que sinto quando estes sinais acontecem, de repente, algo se torna claro.  Essa semana recebi um  presente que mais me parece um imenso sinal, e só há uma musíca a cantar: " bate outra vez com esperanças o meu coração....".  Que a vida continue a me presentear e a todos que amo com novas oportunidades, diariamente.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

POR AMOR OU EUFORIA EU FARIA TUDO DE NOVO?



Domingo passado uma amiga  perguntou se me arrependo de ter vivido uma história até o final, ou melhor de ter esgotado todo o sentimento, sem deixar nenhuma dúvida sobre o fato do mesmo ter acabado. Perguntou se eu faria tudo de novo, se viveria novamente num constante vai e volta, num constante ioiô.
Por ser assumidamente intensa, insistente e impulsiva, sempre revirei o sentimento bem como o relacionamento. Nunca consegui viver com a  sensação de " amor mal resolvido", me incomoda  a idéia de algo inacabado, e pior, não consigo seguir em paz enquanto não resolver a situação, já que prefiro tirar alguém da minha vida, que não não seja quando estou com raiva dela, mas quando tenho certeza que sei viver sem ela.
Como diria uma amiga que Papai do Céu resolveu levar antes da hora: acordo arrependida, mas não durmo com  vontade. Entretanto, é lógico que isso tem um preço que pode ser alto demais.
Cada vez que perdoamos alguém, ou somos perdoados, cada volta após uma briga, um término, vai um pouco da gente, todo recomeço pode trazer novas esperanças, neste caso, pode até ter esperanças, mas,  honestamente, enquanto vamos insistindo,  um pouco do respeito que sentimos vai se desgastando e  o relacionamento vai morrendo devagar, aos poucos.
Claro que cada vez que retornava, vivia a magia de estar ao lado de quem amava, retornar nessa situação é como renascer e voltar a acreditar que dessa vez prevalecerá o sentimento que une pessoas muitas vezes tão diferentes, e é muito bom estar com quem já dividimos momentos felizes e gostamos, mas , como falei, o preço pode ser muito alto. Você acaba , muitas vezes, ouvindo, vendo , passando por situações que não precisa, e o maior desgaste acaba nem sendo só o do sentimento ou do relacionamento, é o desgaste pessoal mesmo. Li uma expressão dias desses que caberia aqui perfeitamente: ficamos com ressaca emocional.
Agora apesar do preço ser alto, nunca me matou, me modificou ( mais até do que gostaria), me atormentou , me fez repensar inclusive sobre a forma de ver a vida, portanto foi válido, e como em qualquer erro, decepção, me ensinou algumas lições.
As vezes sinto que todas as histórias que espremi até a última gota já haviam terminado bem antes, e que muitas vezes meu limite foi ultrapassado, me maltratando e, como falei acima, não havia necessidade de ter passado por algumas situações. Me questiono, inclusive, se o que me impulsionava a insistir em viver até o fim algo que já não me fazia tão feliz e nem tinha mais o respeito como base ( sim, algumas histórias desgastam inclusive seus pilares), era o amor, o orgulho ferido, vaidade, comodidade, medo do novo, ou tudo isso junto e misturado.
Respondi pra minha amiga que não tinha certeza se faria novamente, respondi em nome mais do que perdi do que ganhei, porém me conheço e sei que provavelmente faria sim  tudo de novo, não que acredite que seria diferente ou que valeria a pena, mas por conhecer minha natureza e saber que não conseguiria seguir sem a idéia de página virada. E isso me dá inveja dos que conseguem largar com um pouco menos de dificuldade o que já não os faz tão completos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sentimentos Confusos




Passei esses dias pensando na minisérie que acabou na semana passada,  Dalva e Erivelto  Uma canção de amor, na verdade no tipo de relação que eles nutriam, e que, podemos observar claramente ainda em alguns relacionamentos. O machismo norteia toda a história, sem sombra de dúvidas, afinal o que justificaria alguem ser infiel inúmeras vezes e não perdoar uma única traição pelo fato de que para  a mulher isso seria inadmissível?
Não cabe a mim julgar se ele a amou ou não, afinal há varias formas de se demonstrar e sentir esse sentimento tão confuso, mas tenho como verdade que foi o orgulho que fez com que ele não aparecesse no hospital para ver a mulher com quem ele teve filhos e dividiu momentos.
Ela o amou até o fim de sua vida, pelo o que a série demostrou um amor tão grande que foi maior do que ela mesma, o que muitas vezes a levava a constantes humilhações e nunca à condenação de seu ex companheiro. É um amor dificil de se entender para quem observa de fora, pode até ser bonito, mas se não for correspondido pode causar dores imensas. Também não vou julgar quem ama assim (até porque pra mim seria dificil o fazer).
O que me intrigou é essa mistura de sentimentos antagônicos, de um lado um amor incondicional, de outro um orgullho ferido, misturado com vaidade, que pode ser capaz de fazer uma pessoa tomar atitudes crueis.Para ele não bastava ser feliz, ele não admitia a idéia dela, Dalva, ser feliz.
Relações bombásticas existem por aí, basta virar uma esquina para tomarmos conhecimento de alguma história dessa. E cada um sabe o que suporta e o que não suporta. Mas ainda sim me pergunto ( e me pergunto mesmo) que amor é esse que é capaz de perdoar o que seria imperdoável, e que orgulho ferido foi esse que transformou um compositor num homem cruel.
Como levanto a bandeira que odio e amor andam de maos dadas, pra mim ele sentia algo muito forte por ela, senão ela lhe seria indiferente, e mesmo não me surpreendendo com as atitudes dele a forma como ele passou a trata-la me deixa agitada. Percebo histórias como esta ainda hoje, onde um não consegue aceitar  alguma atitude do outro e passa a agredi-lo . Por maior que seja a decepção não encontro razões para fazer da vida do outro o inferno ( ainda que as vezes mereça, rs), é pesado demais.
O outro pode até ter a vida prejudicada pela crueldade mas é quem as comete que fica com o ônus maior, já que perde tempo infernizando ou atrasando a vida do ex companheiro ao inves de viver a sua propria vida sem olhar pra tras. Sei que não é facil esquecer algumas magoas, mas é mais facil conviver com elas ou esquece-las se passamos a cuidar de nossas vidas.
Acho que Erivelto deveria ter ido ao encontro de Dalva no hospital. Ele mesmo após ter construído uma vida sem ela, não permitiu que seu orgulho ferido a tirasse de seus pensamentos. Ela o amou até o final, o tinha como uma devoção, ainda sim não foi suficiente para que ele percebesse o quanto suas atitudes o tornaram pequeno.



terça-feira, 12 de janeiro de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO BELÉM



Lembro que ao retornar Belém após um período morando em São Paulo,me emocionei  ao ver seus rios e barquinhos ao redor do Ver-o-peso , bem como senti uma felicidade tranquila ao retornar após uma temporada de mais de um ano em Macapá. Belém é uma cidade com  muita história para ser contada, Apesar de milhares de erros e omissões de seus governates, continua linda com suas mangueiras, cores e sabores. Coisas que somente a cidade das mangueiras pode te dar é um final de tarde tomando tacacá ou comendo uma Tapioca, dormir após tomar açai, vendo o pôr do sol no Mormaço, ver-o-rio, ou Estação das Docas. Tomar uma gelada pelas ruas estreitas da Cidade Velha ou pelos arredores da Almirante Wandenkolk,  rua em que vivo há mais de 20 anos.

Esticar até Icoaraci ou Mosqueiro, sentir que na cidade há lugar para todos os ritmos e batuques da Amazônia. Parabens Belém por seus 394 anos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010






Na hora em que o avião pousou em solo baiano observei um casal da melhor idade  , cada um com sua mochila, conversando e rindo com cumplicidade. Me encantei. Um casal viajando já é bem legal, mas um casal de uns 70 anos e com toda a energia e leveza pra descobrir o que a terra de todos os santos têm, me fez pensar em como é bom ter uma boa companhia, principalmente pra viagem.
Viajar com a familia é fantastico, com os amigos é a certeza de histórias inesqueciveis, mas viajar com alguem que escolhemos para participar de nossa vida e que compartilhamos sentimentos é indescritivel.
Fiquei imaginando a vida que eles tiveram, os filhos, netos, as brigas e  outras viagens que colecionaram, Pode ser que nunca tiveram nada disso, mas naquele momento, em que decidiram colocar as mochilas nas costas tornaram-se um simbolo de que amor, amizade e companherismo existem em qualquer idade. Quero ver outros casais assim, é bonito, mas principalmente quero ser um casal assim.

CHEGOU 2010 !!!!



Então começou um novo ano. È um período interessante, é onde nossas esperanças ganham forças, onde temos a chance de acreditar que tudo poderá ser melhor. O mais interesante desse período são as promessas, esse ano farei isso, esse ano farei aquilo. Projetos que abraçamos ou que abandonamos  no ano anterior. Pra alguns o ano começa somente após o carnaval, o que tem uma justificativa plausível com certeza. Mas honestamente, pra mim todo dia pode ser um ano novo, basta decidirmos.  è mais uma questão simbólica essa história de que de uma dia para o outro nossas vidas poderão ser modificadas , adaptadas ou melhoradas, agora é indiscutível a energia positiva que sentimos nesse momento, as vibraçoes, acho que por isso insistimos em celebrar o reveillon com todos os rituais que ne entendemo. Quanto ao que desejo pra 2010, rs, esse ano não fiz lista, nenhuma espécie de lista, alias esse ano quebrei todas as tradições de virada de ano, decidi que não vou fazer promessas, decidi por em pratica velhos projetos, Que venham as novas aventuras. feliz Ano novo....