terça-feira, 18 de maio de 2010

PARABENS PRA MIM...



Hoje acordei com 31 anos de idade. E ao contrario do ano passado, não me assustei. Fazer os 30 anos é que  foi um marco. Hoje estou só consolidando mais uma vez que sou uma balzaquiana e não tem mais como negar, e nem negaria. 
No fundo ao mesmo tempo que nos faz temer ao percebermos que de fato o tempo está passando, nos faz ter uma maior controle do que queremos de verdade, ou melhor, nos faz perceber nossos limites, até onde poderemos chegar levando em consideração nossa natureza. Sim, com essa idade já nos reconhecemos. Podemos ter uma ideia aos vintes e poucos de quem somos, mas incrivelmente, é como se nessa fase tivessemos uma noçao ( exata?)  de nossos defeitos , limitações e do que queremos ou não mudar. E as vezes isso é decepcionante. 
Incrivelmente como passei  a ser mais segura de mim mesma, até defeitos fisicos que costumavam me incomodar, passei a adaptá-los, senão, sei que estaria condenada a nunca me aceitar. Hoje sei perfeitamente distinguir as escolhas que me pareciam certas e eram certas e as que se revelaram erradas.
Sei que há mais responsabilidades a cumprir, que meus sonhos devem ser mais projetos do que "surtos" (não que tenha certeza que tenhamos que viver todos os nossos sonhos, mas isso será um capítulo a parte), assim como sei que não devo mais ocupar meu tempo com quem ou com o que não me alimente a alma.
Enfim, mas o que sei -e ainda é pouco-  , é que independente de qualquer coisa , continuo buscando simples prazeres, que retiro  da familia, das risadas compartilahdas com meus amigos, dos momentos que aproveito minha propria companhia, das pessoas especias que só fazem somar, da felicidade que me ocorre quando leio, escuto ou vejo  algo que me emocione. Feliz aniversario pra mim, que continue me encontrando e me perdendo diariamente.

E lá vai Balzac, Com trecho de A mulher de 30 anos:

"Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis para um rapaz... Com efeito, uma jovem tem ilusões, muita inexperiência, e o sexo é bastante cúmplice do amor... ao passo que uma mulher conhece toda a extensão dos sacrifícios que tem a fazer. Lá onde uma é arrastada pela curiosidade, por seduções estranhas à do amor, a outra obedece a um sentimento consciente. Uma cede, a outra escolhe... dando-se, a mulher experiente parece dar mais do que ela mesma, ao passo que a jovem, ignorante e crédula, nada sabendo, nada pode compara nem apreciar... Uma nos instrui, nos aconselha... a outra quer tudo aprender... Para uma jovem seja amante, precisa ser muito corrompida, e então é abandonada com horror, enquanto uma mulher possui mil modos de conservar a um tempo seu poder e sua dignidade... A jovem... acredita Ter dito tudo despindo o vestido; mas uma mulher... se esconde sob mil véus... afaga todas as vaidades... Chegando a essa idade, a mulher sabe consolar em mil ocasiões em que a jovem só sabe gemer. Enfim, além de todas as vantagens de sua posição, a mulher de trinta anos pode se fazer jovem, desempenhar todos os papéis, ser púdica e até embelezar-se com a desgraça".

sexta-feira, 14 de maio de 2010

SAUDADES E MAIS SAUDADES

                                                  Magia

Hoje senti  saudade de viajar. Mesmo estando com viagem programada e ferias planejadas, senti saudades das praias nodestina, de ver pôr-do-sol em cima de dunas, de descobrir novos sabores e lugares. Mas senti uma saudade imensa de Paraty, de sua Festa Literária, do que respiramos entre as ruas de pedra do centro histórico. Sei que esse ano meu coração vai apertar no periodo da FLIP, mas como estarei conhecendo outros ares talvez não vá sofer tanto. Vou curtir essa saudade, rever minhas fotos e quem sabe sonhar com a Flip 2011.


                                                          Centro histórico fervendo na  FLIP

quarta-feira, 12 de maio de 2010


Andei sumida do blog por uns dias. Precisava pensar, repensar, aceitar ou não alguns acontecimentos recentes (outros nem tanto), mas sem sombra de dúvidas, aprender a conviver com os mesmos.
E por mais que eu tentasse fugir de alguns pensamentos, martelava na minha cabeça a idéia de que ao fazer uma escolha, qualquer que seja, a menor possivel, podemos interferir na vida de pessoas que nem imaginamos e isso me fez lembrar o filme Efeito Borboleta.
È de apavorar imaginarmos a responsabilidade ao fazermos uma escolha devido não sabermos a proporção de suas consequencias nem quem alcançaremos. Podemos tomar uma decisão hoje, e daqui há dez anos alguem pode ter sua vida ( ou fases dela) interferida por nossas opções.
Costumo levantar a bandeira que devemos ser fieis ao que queremos, nos ouvir antes de tomarmos uma decisão ( olha que vindo de alguem impulsiva, isso não é muito fácil), mas ainda sim, sendo leais a nossa natureza, poderemos modificar  o que está além de nosso alcance, do que nos é imprevisivel.
Mas é assim que funciona, e se formos pensar muito nisso, corremos risco certo de enlouquecermos. Não há como imaginar o que irá acontecer a partir de um sim ou um não que sentenciamos, nem vou falar no que devemos pensar ou que critérios respeitar ao seguirmos em um caminho ao invés de outro, mas sei , que inevitavelmente, sem nem querer,  ainda vamos causar algumas interferências na vida alheia, bem como  causarão em nossas. Até onde e quando pode repercurtir uma escolha?