terça-feira, 30 de março de 2010


Quando resolvi voltar a estudar Inglês recebi  alguns questionamentos sobre o porque, afinal, se havia assumido outros planos eu deveria finalizar minhas metas profisisonais primeiramente , e  após isso estudasse o que quisesse. Ouvi também de uma velha amiga que acha desnecessário estudar outra lingua que não seja ingles ou espanhol.
Com o devido respeito que tenho por essas pessoas, não consigo aceitar a idéia que sou somente uma, não sou e nunca serei 100% alguma coisa. Creio que somos somatórias de varios "eus", de varias escolhas, gostos, vamos nos construindo aos poucos, um mosaico, então porque eu deveria somente alimentar minha vida profissional ? Talvez se focar em uma area da vida por vez você tenha resultados mais precisos, rápidos, mas hoje sei que minha felicidade representa mais que meus anseios profissionais, e minha realização pessoal é feita da união de todas as outras realizações : emocional, financeira, amorosa e também a profissional, e pra mim o que sempre importou é me sentir feliz no sentido mais amplo e pleno do estado de espírito.
Estudar idiomas ( qualquer que seja) , fazer cursos de culinária, de dança ou do que quer que se deseje é conhecimento, e pra mim conhecimento nunca foi e nunca será demais ou desnecessário,  através dele podemos  nos redescobrir, nos renovar.  Conhecimento não precisa estar atrelado a nenhum objetivo,  talvez deva estar atrelado ao que a natureza humana de cada um tem fome. Não é uma questão de querer abraçar o mundo, é uma questão se ser leal a você mesmo, ao que no momento lhe instiga, causa curiosidade ou sensação de realização.
Conhecimento nunca é desnecessário  para os que tem fome de vida, de mundo.Para os que não se acomodam em vidas regradas a vaidade ou limitadas a grupos/tribos. Conhecimento nunca é desnecessário, para os que como eu , sentem que tem asas e que podem voar.


terça-feira, 23 de março de 2010

ALICE II



Segue abaixo trechos de uma crônica  de Paulo mendes Campos sobre livro Alice no pais das Maravilhas:

Para Maria da Graça




" ...Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti. Escuta, se não descobrires um sentido na loucura acabarás louca. ....a realidade, Maria, é louca."


"Nem o Papa, ninguem no mundo, pode responder sem pestanejar á pergunta que Alice faz à gatinha: " Fala a verdade, Dinah, já comestes um morcego?" Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. "


" Quem sou eu no mundo? Essa indagação perplexa é o lugar-comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares esta charada, tão entrenhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás."


"Por isso te digo, para a tua sabedoria de bolso, se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou a Alice: " Gostarias de gatos se fosses eu?".


"É bobice, Maria da Graça, apostar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe, a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre aonde quiseres, ganhastes. "


".. foge, polida mas energicamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem:" minha vida daria um romance, sSobretudo dos homens. Uns chatos irremediáveis, Maria."


" A palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desespere ao triste pensamento de Alice: Devo estar diminuindo de novo. Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer."


"Alice tinha diminuído tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótomo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida uma quantidade imensa de camundongos que parecem hipopótamos e de rinocerontes que parecem camundongos"


" nunca devemos perder o bom humor. Toda pessoa deve ter Três caixas para guardar o humor. Uma caixa grande para o humor mais ou menos barato que a gente  gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim uma caixinha preciosa para as grandes ocasiões, os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que frcassamos ou triunfamos."


" as vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. Por isso, Alice depois de ter chorado um lago pensava -Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas. A própria dor deve ter a sua medida."

sexta-feira, 19 de março de 2010

NÃO SE VIVE UM AMOR ROMÂNTICO



Ontem assiti um filme, que por preconceito, nunca havia me interessado, mas com um título brega como "De repente amor" não devo ser condenada por isso. Admito que apesar de ser um filme um tanto bobo, gostei da proposta apresentada:  duas pessoas conseguem se tornar especiais, viver momentos bons e apoiam -se nos maus por um período de sete anos. Porém devido a distância, projetos de vidas diferentes acabam mantendo  uma relação não rotulada ,  sabem o que sentem pelo outro,  sabem que é forte, e isso bastou por um bom tempo.
Acredito que relações como essa tornam-se românticas e diferentes justamente  por que nunca foram vividas , são uma eterna especulação de como teria sido. Não estou falando daquelas em que as pessoas não se assumem, mas estão sempre juntas vivendo cotidianos. Estou falando daquelas em que nunca houve motivos para sentir raiva ou decepção, daquela que só a magia foi compartilhada nos momentos felizes ou só o companheirismo se fez presente nos momentos de dificuldade.Relações de instantes esporádicos. Se duvidar, é capaz de você encontrar a pessoa poucas vezes ao ano, bem como poucas vezes também  manterá contato por telefone, e.mail, mas sabem-se queridos.
Talvez um dia essas pessoas fiquem juntas, talvez sempre carreguem um fantasma do que nunca foi permitido vivenciar. Já ouvi por aí que Romeu e Julieta só se tornaram simbolo de amor infinito, por causa de suas mortes, pelo não exercicio de seu sentimento, pois será que teriam a mesma sorte se Julieta ligasse pra Romeu num sabado de noite e seu telefone estivese fora de área ou se ele descobrisse que ela era infiel ou mantinha contato com um ex? Namoros, casamentos, amizades coloridas, outros laços afetivos inominados podem também desfrutar de fases românticas, mas, sabemos que carregam o peso do desgastes e da realidade.
Relações  assim constinuamos guardar por anos,  afinal se existiram em algum lugar, foram em nossos sonhos, e lá é terra em que só habita o que nos faz bem, senão vira pesadelo. As vezes vivemos essas histórias em nossas memórias, especulamos situações , dialogos em que poderiamos ter desfrutado. E mais uma vez  confirmo que Penélope Cruz estava certa, quando sua personagem Helena no filme Vick, Cristina, Barcelona ( Esse sim um filme ESPETACULAR)  fala que só há um um tipo de amor romântico, aquele que nunca foi vivido.




terça-feira, 16 de março de 2010

ALICE



              ensaio fotografico inspirado em uma das personagens mais    fascinantes   -
foto de Elena kalis


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 - Mas eu não quero ir parar no meio de gente maluca - Observou Alice.
 - Ah, não adianta nada você querer ou não - disse o Gato - Nós somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca.
 -  E como é que você sabe que eu sou louca? -Perguntou Alice.
 - Bem, deve ser - disse o Gato - ou então você não teria vindo parar aqui.


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Acabei de ler esse final de semana o Livro Alice no país das Maravilhas de LeWis Carrol. E como em O pequeno Principe, cada vez que você o lê, em fases diferentes da vida, você pode ver o livro por outro ângulo. Aparentemente um livro infantil, até um certo ponto maluco,e para alguns desavisados "sem pé nem cabeça", porém, me encantei com alguns diálogos e questionamentos travados no decorrer do livro, além do que o livro, escrito em 1865, rebate todo o período de puritanismo e repressão que a Rainha Vitória queria impôr. Cada Personagem do livro, é uma crítica do autor aos demandos da tal rainha, e principalmente foi de encontro com a pretenção de travar a imaginação, inteligência e criatividade.è um livro instigante e aparentemente imaginário, com  psicologia imbutida.







segunda-feira, 15 de março de 2010

O AMOR DEIXA MARCAS....



Se um amor não correspondido fosse música, seria, sem qualquer dúvida, uma bem dramática. Um Tango, um bolero, algo que além de letra forte, tivesse arranjos carregados de dramaticidade. Ao nos envolvermos com alguem, ao nos atirarmos no escuro e nos permitirmos entregar a uma história corremos o risco de que nosso pretendente não esteja na mesma sintonia que a gente.
Não vou escrever sobre os mil e uns acontecimentos e motivos geradores de um amor não correspondido, vou falar unicamento da dor que pode causar. E dói.
Revira sentimentos adormedidos, descobrimos que somos capazes de colecionar os piores sentimentos e pensamentos. Desejamos pelo avesso, amamos ao contrário. Temos a vaidade retalhada, ânsia de vômito, Vontade de morrer e de matar.
A dor causada por esse tipo de amor é cruel, pois sabemos que não temos o direito de impôr nosso sentimento, nem como culpar o outro por não correspondê-lo, mas o desespero que nos preenche quando não vemos nossa imagem refletida nos olhos do outro é devastador.
È cruel porque o sentimento em si deseja a figura do outro ao seu lado, quer que compartilhe por-do-sol, seção de cinema, jantares ou dias inteiros juntos. Mas o outro não almeja essas vontades.
Reconhecer que nossos planos não são ou nunca foram compartilhados é frustante, descobrir, muitas vezes que nunca nem ouve a intenção do outro em tentar corresponder esse sentimento, mesmo com tantos momentos juntos é como se dessem um tiro em nossa estima e confiança. É como se você tivesse tanta coisa boa a oferecer e o outro diz : "não , obrigado." É de fazer qualquer um surtar, questionar sua propria sanidade.
As vezes nos conformamos, aceitamos, e seguimos em frente ( embora acredite que ou levamos essa dor adiante, a digerindo aos poucos ou a escondemos em algum lugar), ou relutamos em aceitar que o outro não nos ama. Então vêm as cenas, vontade de quebrar os pertences do ex pretendente, palavras que imploram por um sentimento negado, lágrimas que carregam o peso de uma desilusão. Vem o bar, os amigos, as promessas de nunca mais acreditar no amor.
Até que vêm o tempo, e esquecemos do que prometemos,  nos encantamos por novas pessoas, mas dificilmente apagamos da memória o estrago que suportamos. Se duvidar, esquecemos do quanto foi ( ou não) grande o sentimento que não permitiram que desfrutassemos, mas dificilmente esqueceremos do tamanho da dor que tivemos que superar ou conviver.



terça-feira, 9 de março de 2010

PRECIOSA


Assisti domingo passado o filme Preciosa. Gostei. Diálogos impecáveis, reais, secos. Haviam me dito que o filme pertencia a categoria dos que nos dão "um soco no estômago", mas não foi essa sensação que senti. O que senti foi tristeza.O ser humano pode ser mais aminal do que podemos supor, bem como carregar dentro de si um labirinto de sentimentos. O filme não tem charme, bons cenários ou grandes investimentos cinematógraficos, não há histórias imaginárias, nem fantasias. Sua história acontece todo o dia em vários lugares do mundo, talvez por isso  algumas pessoas o estejam repelindo. Nem sempre queremos nos confrontar com esse tipo de realidade. Mereceu os prêmios e indicações que recebeu. Assistam.

segunda-feira, 8 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES

Hoje , logo pela manhã, ouvi uma mulher dizer que o "dia internacional das mulheres" é uma bobagem. E fiquei pensando se ela realmente sabe o motivo da data, afinal, como tantas outras data s comemorativas acabaram se tornando comercial , 8 de março não seria diferente. Porém , JAMAIS devemos esquecer que este dia é reflexo de lutas das mulheres por melhores condições de trabalho, por igualdade salarial (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho),trabalho digno dentro do ambiente de trabalho, sem falar no direito a voto ( no Brasil somente em 1932 que as mulheres  adquiriram o direito de votar, sendo que os primeiros votos no Brasil começaram 32 anos após Cabral ter desembarcado no país) . Quantas não foram mortas, por pedirem para serem tratadas  como seres humanos, para possuirem os mesmos direitos que os homens sempre usufruiram.
Há muitas outras que ainda lutam por novas causas (como a conquista pela licença maternidade de seis meses),  por uma igualdade e respeito que não foram adquiridos plenamente por puro preconceito. Há também as lutas que travam diariamente entre trabalho, casa, vida pessoal, luta por sobrevivência, luta pela liberdade e respeito sexual, luta contra um machismo enraizado muitas vezes em seus proprios lares.
Algumas mulheres tentam vencer esse preconceito ou a longo prazo ou impondo ao mundo suas ideias, música e visões de realidade , sendo muitas vezes rotuladas com adjetivos nada dignos. São essas últimas mulheres que venho homenagear nessa data,  quatro mulheres (Clarice Lispector, Frida Kahlo, Maysa e Edith Piaf) que podem não ter lutado diretamente pelo que acreditavam, mas usaram arte para assim o fazer, usaram a manifestação artistica para romper com barreiras que a sociedade teima em manter. Fizeram (fazem) sucesso sem "dar ouvidos" aos demais, impondo a  conservadores, a hipócritas,a machistas ou não, seu direito de ser o que são, independente de seu sexo.

Obs: Quanto à mulher que me falou que acha uma bobagem comemorar o dia das mulheres, fica minha lástima, pois  ela faz coro, sem nem saber, a cultura do preconceito.



 

 



quinta-feira, 4 de março de 2010

DO NOVO


Ahhhhhhhhhhhhh os projetos novos. Gosto da sensação de por em prática um projeto novo, alias ter projetos já é muito bom, é querer alcançar algo novo, é querer incluir em sua biografia algo que certamente lha trará satisfação. È começar algo que irá somar a suas escolhas, a você.
Quando não temos projetos deixamos que a rotina nos acomode.Alias deve-se ter cuidado para que nosso  projetos também se tornem rotina, deixando de nos dar prazer e virar obrigação para não se tornar algo inacabado (admito que  alguns projetos abandonei sem culpa por deixarem de me satisfazer - eu  e minha fidelidade comigo).
Nem sei se devemos ter um só projeto por vez, ou vários ao mesmo tempo. O importante é que de vez em quando a gente aposte em algo novo, invente algo que nos faça bem, ainda que nosso projeto não tenha aplicação imediata no cotidiano prático, até porque não precisamos somente fazer o que vá nos ajudar profissionalmente, financeiramente, projetos devem ter um só compromisso, com o que fato de nos deixar mais  felizes. Se sempre teve vontade de fazer aula de canto, dança, de paraquedismo, faça, não precisará se tornar uma Marisa Monte, um Carlinhos de Jesus ou um campeão para realize esse seu desejo..
Fico imaginado em quantas pessoas não se comprometem com novos projetos, e ficam agarrados com o dia-a dia, e quando percebem até os finais de semana , os lugares, os amigos se tornaram iguais. Quando perceberem viveram o mesmo dia por anos e nem observaram isso.
Esse ano estou cheia de projetos e estou os pondo em prática, admito que isso está me dando energias para realizar outros que ainda não consegui materializar. E que minha criatividade e fome de viver me façam poder criar novos planos sempre que for possivel, e me dêem chances de me jogar sempre em oportunidades de me reinventar

quarta-feira, 3 de março de 2010

CÃO QUE LADRA....



Desde  a primeira vez que vi esse quadrinho me encantei. è incrível como algumas pessoas só conseguem ser valentes se, no fundo, sabem o quanto estão seguras de que sua valentia é só fachada. Falam, berram para todos os lados , mas na hora de agirem e por em prática seu discursso, se recolhem. na hora de enfrentar uma situação ou uma pessoa fingem-se de mortos, ou continuam proclamando às escondidas, mas nunca confrontam a bertamente o que está lhe incomodando.
Admiro muito mais quem age do que quem fala.Quem é fiel a seus pensamentos e vontades, se falar que vai fazer algo faça, nem que depois se arrependa. Ou então após emanar palavras aos quatro ventos, se sentir que exagerou ou que não era bem da forma que imaginou, reconheça que mudou de opinião, o importante é sempre as ideías corresponderem aos fatos.
Seja valente se realmente o for, "dê a cara para bater" se conseguir segurar o soco, ou então assuma ( nem que for para si proprio, que acredite, já é alguma coisa) que a covardia comanda seus atos.


Costumo dizer que somos a somatória de nossas escolhas, e quer saber, somos o que comemos, o que lemos, ouvimos, o que vestimos. Mas também somos um pouco do que nos repassarm como referencial, e posso afirmar que boa parte do que me orgulho em mim foi ensinado por meu pai, muito mais com exemplos e atitudes do que com conselhos ou palavras.
Se hoje sou apaixonada por livros é reflexo dos sabados em minha infância, em que ele me levava às livrarias para eu e minha irmã escolhecemos algo para ler, bem como a infinidade de resvitinhas da Turma da Mõnica que colecionavamos. Cinema não tenho nem dúvidas, que foi de inteira influência dele também.
Na verdade meu pai sempre nos tratou com respeito, conversava com a gente , brincava com a gente, sem nos considerar "seres inferiores" ( odeio quando adultos agem assim), entendia o mundo mágico que as crianças vivem, e respeitava nossas prioridades, por mais que parecessem bobas.
Nos tornamos pessoas que sabem respeitar as outras, independente da idade, e isso é espelho da forma em que ele nos trata até hoje.
 Mas além, das influências na personalidade pessoal, não há como negar a influencia na vida profissional, como meu pai obteve sucesso profissional , fruto , sem sombra de dúvidas, de muito trabalho, disposição e amor ao aprendizado e conhecimento, nos fez sempre tirar as melhores notas na escola, bem como, na vida profissional, acima de tudo, agir com honestidade, qualidade atrelada a ele.
Sou muitas outras, com muitas outras influencias, mas assumo feliz da vida e cheia de orgulho, que parte de mim, foi construída diariamente com as atitudes de meu pai, e essa semana ele me deu mais um motivo para adimira-lo.Ele mereceu.