segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MOMENTOS INESQUECIVEIS DE 2009.


Festa Literaria Internacional de Paraty -  A realização se um sonho


Paisagem de Paraty - Caminho do Ouro


Ruas de Paraty

Cachoeira em Paraty

Praia em Trindade -Paraty - Uma palavra: PARAISO

Meu salto de Asa Delta no RJ

Vista do Hotel no café da manhã em Copacabana

vista do almoço no último dia no RJ

Búzius

Praia por três anos considerada a mais perfeita do Brasil em Arraial do Cabo

Arraial do cabo, passeio de Escuna

Em mais uma praia de Arraial do Cabo

Caminho de Pipa para Natal

Praia em Pipa

Dunas de Natal



A caminho de Jericoacora -CE

Jeri

Por-do sol inesquecivel a caminho de Jeri


A caminho da Duna do Funil


Duna do Pôr-do-sol em jeri
                                     

sábado, 26 de dezembro de 2009


É assim, um belo dia, sem que você espere, você troca olhares e sorrisos com alguem, e pronto, passam a viver momentos especiais juntos. O periodo de descoberta é fantastico e dá um medo imenso, mas o melhor é o frio na barriga que sentimos quando encontramos aquela pessoa, frio este que nem sempre conseguimos disfarçar .
Não programamos quando vai acontecer, nem onde  e nem com quem, acontece. Claro , como costumo falar, apos encontrarmos essa pessoa é nossa escolha se vamos viver algo especial com ela ou não, e quando decidimos pelo sim, então devemos nos preparar pois provavelmente a felicidade estará presente nos proximos instantes que iremos usufruir.É como uma estrada, um novo caminho que iremos desenhar, em que decidiremos se vamos estar de mãos dadas com aquela pessoa ou não.
Descobrir alguem, muitas vezes é nos redescobrir também, nos observar de um outro plano, de uma nova pespectiva, é tentar o novo, é reiniciar, e todo reinicio carrega esperança. Não estou falando de espectativas, mas de esperanças, de voltar a acreditar, e ter pensamentos leves.
O melhor, acredito, seja não pensar muito, somente se "jogar" nos primeiros encontros que talvez definam todo o resto ( ou não) de um possivel relacionamento, nos primeiros beijos , abraços, carinhos, que contribuirão para o surgimneto da intimidade. Nunca saberemos até onde uma troca de numeros de telefones irá nos levar, se até as próximas semanas ou até os proximos anos, mas como diria o poetinha " que seja eterno enquanto dure.".

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

ROBERTA SÁ



Devido minha ignorancia em inúmeras areas, admito que nunca havia ouvido falar sobre Roberta Sá, na verdade o nome só conhecia por meio de uma amiga minha, mas nunca havia manifestado interesse em conhece-la ( as vezes perdemos tempo em cada coisa...) Enfim, entrei na locadora sabado e me maravilhei com uma moça linda cantando mais lindo ainda. Amor a Primeira vista. Perguntei o nome da cantora, e acreditem, era Roberta Sá. Não tive dúvids, chamei meus pais, liguei pra minha amiga, e fui asitir o show. Fiquei maravilhada. Depois teve Show do Geraldo Azevedo, muito bom, mas não me emocionou tanto quanto a descoberta daquela noite.

Segue a letra da música que me deixou tonta , Samba de um minuto  , composta por Rodrigo maranhão e que ficou divina na voz doce da Roberta:

Devagar

Esquece o tempo lá de fora
Devagar
Esqueça a rima que for cara


Escute o que vou lhe dizer
Um minuto de sua atenção
Com minha dor não se brinca
Já disse que não
Com minha dor não se brinca
Já disse que não


Devagar
Esquece o tempo lá de fora
Devagar
Esqueça a rima que for cara
Escute o que vou lhe dizer
Um minuto de sua atenção
Com minha dor não se brinca
Já disse que não
Com minha dor não se brinca
Já disse que não

Devagar, devagar com o andor
Teu santo é de barro e a fonte secou
Já não tens tanta verdade pra dizer
Nem tão pouco mais maldades pra fazer
E se a dor é de saudade
E a saudade é de matar
Em meu peito a novidade
Vai enfim me libertar


Devagar ...

ACONTECE POR AÍ -III



 - Menina vou te contar uma coisa...
 - Fala...
 - Acreditas que tenho um admirador secreto?
 - Como assim? Isso ainda existe?
 - Pois é tá me ligando direto........
 -Pra mim deve ser doido, não atende mais, olha pode ser um psicopata..
 - Pior que acho que sei quem ele é ...
 -Ahhhhh, então não é tão secreto assim...
 - Bora ver...
 -Pra mim continua sendo um psicopata.

Uma semana depois:
 - Te falar, ontem fui encontar meu admirador secreto
 -E ai?
 - Sei lá, meio meloso...
 - Tu que és um macho..
 -Falei logo o que penso sobre casamento e filhos.
 - E o cara com certeza saiu correndo achando que tu eras uma louca.
 -Não, acho que ele pensa que pode me mudar
 - Espero que não

Um mês depois:
 -  Te contar um segredo:  Amiga, to  apaixonada...
 - ....
 - Fala alguma coisa....
 - Meu mundo caiu.

AS MENINAS


foto casamento da Anete



Ahhhhh a amizade. Esse final de semana fui para mais uma confraternização, a das PHYNAS ( rsrsrsr), e me emocionei, fui muito feliz. Quatro mulheres ( uma não pode comparecer por causa do filho que ainda é bebê) relembrando suas histórias na época da universidade e atualizando  as novidades dos dias atuais. O mais fantástico é que são muitos anos de amizade, mas principlamnte , estivemos juntas nas derrotas enxugando cada lágrima e compartilhamos das alegrias nos momentos vitoriosos.
Fizemos planos juntas e os refizemos quando necessários. Bebemos juntas e nesses anos acumulamos histórias que nem parecem reais, as vezes tenho a sensação que nem existiram. Cada uma tem um jeito, uma peculiariedade, e um grau de intimidade com a outra, nos compreendemos pelo olhar. Somos mães, filhas e sem sombra de dúvidas irmãs.
Amigos são de fato a familia que escolhemos ter. Há problemas e dificuldades como em quanquer relação , mas tem a afinidade, a certeza que estaremos lá quando precisamos uns dos outros , sabemos que seriamos capazes de brigar com o mundo se isso fosse preciso para defende-los. É amar apesar deles serem o que são,na verdade é ama-los justamente por isso, pelo que são.


                                                                      Confra das Phynas ( by Paula)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

SOB O SOL DE TOSCANA



Ontem assisti um filme que gostei mesmo, Sob o sol de Toscana ( obrigada Jô). Filme no tempo certo, a história vai se desenvolvendo sem atropelos, como a vida costuma ser. A história da personagem central , Frances, vivida por Diane Lane, poderia ser encontrada em cada esquina, e o momento da virada em sua vida acontece como deveria ser com todos, no momento em que ela escolhe, da forma que ela deseja, sem interferência de grandes amores ou de grandes saltos profissionais. Sei que a vida também muda por esses motivos, mas no filme a transformação dela ocorre por necessidades próprias, ela respeitou a dor que sentia, viveu sua frustação e solidão até o dia em que decidiu que era hora de mudar de direção.
O filme faz citações a  Fellini e, injustamente, é colocado na seção de comédias românticas. Vale a pena conferir.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

SAUDADES DANI


Jô, Dani e eu


Quando quem é especial pra gente vai (re)começar uma vida nova em outra cidade ficamos com o coração apertado. Podemos ficar felizes pela nova vida que a pessoa vai iniciar, ainda sim não sabemos o que faremos com a saudade que iremos sentir. Claro que nosso egoísmo pode ser grande ao ponto de pedirmos pra pessoa ficar, ou até não a incentivarmos para tomar um novo rumo, afinal, dói muito não ter mais aquela pessoa a nossa disposição , mas o ideal é que mesmo com lágrimas nos olhos a gente possa dizer boa sorte, estou torcendo por você.


Já vivi os dois lados, já fui eu quem fui embora para novos planos dos quais amigos queridos e familiares não estavam me acompanhando, e não foi fácil, afinal estamos nos despedindo de varias pessoas, enquanto quem fica só se despede de uma, porém o que teremos de viver, o novo, se permitirmos, pode tornar a saudade e a distância como algo que temos que conviver, simples. È um novo mundo, são novas possibilidades, e posso afirmar nós seremos nós aonde estivermos, sem falar que a experiência acelera uma amadurecimento que provavelmente levaria um tempo maior se não mudássemos de vida ( se é que viria dessa forma).

Mudar de vida, de cidade é assustador, não sabemos o que nem quem encontraremos, mas porque ser pessimista? È uma tentativa ( mais uma) de ser feliz, de buscar vitórias, de viver sonhos, e devemos encarar dessa forma. Nada è fácil, talvez a única coisa que seja fácil é nos acomodarmos, e muitas vezes em vidas que nem nós memsos gostaríamos de ter.Mudar de vida é como saltar num escuro, mas se temos certeza que estamos sendo amparados por sentimentos que valem a pena dar este salto, fica muito mais fácil.

Hoje estou com o coração apertado, uma amiga minha está me dizendo um até logo, fica a saudade IMENSA, mas ela leva o meu Boa Sorte e se hoje eu pudesse dizer algo pra ela diria : Não tenhas medo do desconhecido, Acredite em você, no tamanho que podes ser, e em todas as coisas boas que podem chegar. Crescimento pessoal e/ou financeiro,  de nenhuma forma perderás mais do que ganharás.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Perdão x Esquecimento


Nessa época de final de ano em que falamos de amor ao proximo, fiquei pensando no perdão, na verdade se só perdoamos mesmo se esquecemos do que de fato a pessoa nos fez. Não cheguei a nenhuma conclusão. Nenhuma. Já falei várias vezes que perdoei algumas atitudes, e pronto, vez ou outra elas rondam minhas lembranças me trazendo os mesmos sentimentos ruins que me proporcionaram no inicio, não sinto raiva da pessoa, mas simplesmente não consigo apagar da mente a dor que me causou.
As vezes fico imaginando que não perdoamos, apenas aprendemos a conviver com a situação.
Perdoar é realmente algo dificil. Não tiro a dificuldade que há também em pedir desculpas ( prometo falar sobre isso mais tarde), porém é menos dificil que realmente perdoar. Desculpar alguem que nos fez mal , é dizer, "tá tudo bem, vamos continuar a viver e por um ponto final nesse acontecimento" , isso prova o quanto é complicado, porque podemos até querer por esse ponto final, mas será que conseguiremos??

Não vou discutir que  a vida seria muito mais leve se perdoassemos o outro, pois disso tenho certeza, e tento de todas as formas perdoar inclusive quem nunca admitiu que errou comigo, mas continuo sem conseguir esquecer. Não sei se um sentimento está atrelado ao outro, ou se são independentes, mas estou começando a acreditar que com ou sem o perdão, com o esquecimento ou não do fato, há um ponto final na história pois depois de uma rachadura um vaso nunca mais será o mesmo, ainda que recuperado será um vaso frágil naquele ponto remendado. Como dizem por ai: “vaso quebrado sempre vai ser um vaso quebrado por melhor que seja a cola".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

DEZEMBRO



AMO mês de dezembro, a cidade fica iluminada, as pessoas, mesmo sem a intenção constumam ficar assim também. Revemos amigos que ficam distantes pela propria rotina, abraçamos pessoas queridas e outras nem tanto, parece que tudo fica uma correria, mas sempre há tempo para um Feliz Natal.
Aqui em Belém, nesse periodo  a chuva começa a ser mais constante, o que permite um cheiro diferenciado, cheiro de chuva. Podem falar que virou um periodo comercial e tudo mais, porém, pra mim é o momento de revermos muitas coisas, porque não aproveitar o espirito de natal para dizer eu te amo pras pessoas que são mais que especiais , porque não pedir desculpas pra quem cometemos alguma falha, perdoar quem nos magoou, e porque não nos prometermos que tentaremos fazer isso o resto do ano?
Claro há as confraternizações, os amigos invisiveis, exageros de comidas e bebibas, é um mês farto, talvez porque deva ser assim, afinal é um mês de comemorações.
Mês de dezembro encerra uma ciclo, uma fase e é por isso mesmo que sou apaixonada por esse mês, porque podemos olhar pro que fizemos no decorrer do ano, e começa a nascer uma esperança do que podemos mudar, do que podemos adaptar ou reforçar. Abençoado seja o ultimo mês de ano para nos renovarmos e sentirmos esse brilho todo que o mês carrega.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

ACONTECE POR AÍ - II



Há um ano ela não se interessa por nenhum (des)conhecido, até ele aparecer. Naquele dia ela não conseguiu fugir de uma cena clássica: a que ele começa a investir e ela tenta disfarçar o nervosismo.

 - Quer carona?
 - Eu moro aqui do lado, poucos quarteirões, sabes onde fica aquela lanchonete? (porque sempre falamos desnecessariamente quando estamos nervosos)
  - Sei sim, eu vou passar bem na frente, se quiseres vir comigo...
 - Ah, tá, aceito sim.
   No curtissimo caminho, conversas com mais sorrisos e toques "sem querer" do que palavras.
 - É aqui que eu moro.
 - Ah, tá, é bem perto mesmo, já sei onde fica.
 - Pois é, querendo aparecer para (me) comer alguma coisa qualquer dia desses... ( o chão se abriu então e ela nunca desejou tanto morrer)

ACONTECE POR AÍ....



 - Não quero mais  a tua companhia, se tornou desagradável pra mim.
 - Como assim? Sou eu, não estás me reconhecendo, temos uma história juntos.
 - Não quero mais tua companhia, na verdade tenho companhias bem melhores que você.
 -  Sabes que com essa atitude estás colocando um ponto final, inclusive nos nossos planos.
 - E daí? Aliás considere cancelado qualquer plano.
 - Não é possível... Ei, sou eu...
 - Me larga. Não quero mais a tua companhia.
 - Então me olha nos olhos e fala que não gostas de mim, me manda ir embora.
 - Eu não gosto de você.
 - Pára com isso...
 - Me larga... EU NÃO GOSTO DE VOCÊ.
 - Então por que ficaste todos esses anos comigo?
 - ...
 - A verdade é só uma, meu amor não obteve reciprocidade.
 - Dizes que queres me conquistar, mas é assim que tentas?? Com insanidade...
 - Eu já desisti de te conquistar. São muitos anos tentando a mesma coisa...
 - Muita coisa mudou desde que nos conhecemos...
 - Exceto duas coisas: o que eu sinto por você e o que nunca sentiste por mim.
 - ...
 - Eu acreditei que fosse diferente pra você. Mas vejo que me tratas como um lixo.
 - Se ages como um lixo, como iria te tratar diferente? Me decepcionaste muito
 - Vamos colocar numa balança e ver quem se decepcionou mais? Sabe o que é pior? Amanhã vou acordar com um aperto enorme no peito, e você será somente indiferença.
 - Não quero brigar. Não tem mais clima, não se pode voltar no tempo.
 - Não mesmo, mas se é a última vez, então vou falar algumas coisas também. Posso ter te magoado hoje, mas você sabe o que é ficar esperando um abraço, beijos, um pedido de desculpas que nunca vem? Você sabe o que é ligar e ninguém atender do outro lado, e quando atender nunca ter tempo pra falar com você? Se não podes me desculpar por uma besteira dessa não somos tão iguais. Eu engoli seco tua infidelidade e deslealdade sem nunca ter te xingado. Te poupei de todas as palavras e feridas que nem cicatrizaram. Nunca me perguntaste como eu me senti depois de tudo, nunca me pediste desculpa, aliás, nunca reconheceste teu erro, agora é facil apelar pra minha insanidade.
 - Eu não quero mais brigar. Qualquer outra companhia é melhor do que a tua. Estragaste meu dia.
 - Eu não sei o que faço com o que sinto por você. Eu te amo.
  - ...
 - ... Não vais mais falar comigo?
 - ...
 - Então estou indo embora. A perfeição não é meu forte, mas meu maior erro foi te amar mais do que tudo.

 Foi embora se prometendo que seria a última vez que se veriam.

Desculpas que estamos cansados de falar e ouvir



Após ouvir diversas histórias com o mesmo diálogo , cheguei a uma conclusão, definitivamente NÃO ACREDITO em pessoas no lugar ou momento errado. Não consigo acreditar que isso possa existir. Mas eu não acreditar nisso faz todo o sentido, não acredito em coincidências nem que nada seja por acaso, então como alguém vai entrar na minha vida no momento errado???
Pra mim isso é, e sempre foi, desculpa pra covardia ou preguiça de viver algo novo, diferente ou covardia de assumir que simplesmente não quer o outro.
Novas pessoas surgem a todo instante em nossas vidas, se, lógico, permitimos que isso aconteça. E viver algo com elas também depende de nossa vontade. Até um tempo atrás eu dizia sem pensar duas vezes que não tinha me arrependido de nada que tinha feito só do que não tinha feito, hoje, tenho uma lista de arrependimentos, de escolhas erradas, baseadas muitas vezes no sentimento que pode nos paralisar: o medo.
Me arrependo de ter dito não a pessoas que sabia que me proporcionariam muitos momentos especiais, de não ter atendido ligações de outros que tinha plena certeza que seriam perfeitos namorados, de ter fugido por precisar de um tempo pra pensar, pra ficar só, quando o que no fundo precisava era de beijos.
Dei essa desculpa algumas vezes, e exatamente por isso mais ainda tenho certeza que ela é falsa. Aquelas pessoas estavam no lugar certo, no momento exato que eu precisava que elas estivessem lá, afinal, provavelmente teriam algo, no mínimo, pra me ensinar, me questionar ou para me fazer sorrir, mas eu disse não. Por que temos essa mania louca de dificultar o que não precisa ser complicado? Por que não se jogar no desconhecido, viver cada dia, momento, sem fazer planos para o dia seguinte? Há instantes em que ao invés de insistirmos em dizer que é o momento errado, deveríamos dizer: esse pode ser um momento novo, um momento leve que tenho o direito de usufruir. Pensar que pessoas especiais estão no momento errado em nossas vidas é ignorar que não podemos ter amanhã, e o pior é não admitirmos que se estamos em momentos errados é porque queremos estar, então vamos pelo menos ter a coragem de dar uma outra desculpa ou dizer a verdade.

PS: Lembrei de um trecho de uma musica de Geraldo Vandré: "Quem sabe faz a hora não espera acontecer..."

domingo, 29 de novembro de 2009

CONTRADIÇÕES



Esse final de semana fui em um aniversario de criança, tudo lindo, crianças se divertindo e tudo mais, porém em determinado momento a criançada parecia que estava enlouquecida, começou a tocar a música Thiller de Michael Jackson, e não teve quem os segurasse. Teve um garotinho de uns 5/6 anos no máximo imitando com detalhes a coreografia da música, o que me fez pensar numa coisa, os ultimos anos anteriores à sua morte fizeram com que o público esquecesse do astro que ele era.
A primeira pergunta que fiz foi porque essas crianças estão cantarolando suas musicas e fascinadas com a forma com que ele dançava, mas imediatamente a reformulei, como não se maravilhar com os espetáculos que ele contumava dar?
Não vou entrar em méritos de suas doenças, fragilidades, e nem  até que ponto eram reais as acusações de abusos contra crianças, a verdade é só uma, o mundo o condenou durante muito tempo, eram muito mais importante seus escandalos que suas apresentações, não fizemos diferenciação entre o lado pessoal e o profissional, e agora simplesmente, após uns quatro meses de sua morte, revemos seus videos e olhamos maravilhados com seus passos. Ele era um Show man.
Quantas pessoas julgamos, e as rotulamos em 100%  algo que tem várias vertentes e caminhos? Quantas vezes não fazemos essa diferenciação entre lado pessoal, profissional, e acabamos por confundir tudo, aplicando " condenações" que melhor convém ao que ditamos como correto? Se ele errou, errou, deve estar acertando as contas com alguem, mas e no palco, será que foi justo o mundo  tentar ofuscar o brilho que ele tinha? Insito, tudo seria mais fácil se parassemos de impor nossas verdades e aceitar as diferenças, ou pelo menos aprender que numa mesma pessoa podem haver diferenças, comportamentos que aparentemente deveriam se repelir, contradições.Que mania é essa que há em que a curiosidade para o que a pessoa fez de errado é infinitamente maior do que a que a pessoa fez de bom.?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

DIÁLOGOS QUE NUNCA DEVERIAM SER TRAVADOS



Definitivamente há palavras, frases que nunca deveriam ser ditas, em nenhuma hipótese, sob nenhum argumento.Porém, inevitavelmente ouvimos diariamente histórias de diálogos que ferem a alma. Doem ainda mais quando as palavras são ditas por quem amamos, por quem temos algum carinho. Já questionei em postagem anterior sobre o cuidado de criticarmos alguém, mas insisto, há coisas que  deveriam morrer em nossos pensamentos, e se inevitável dize-las, pelo menos que seja escolhendo uma maneira mais amena..
Vou levar em consideração  que algumas são ditas em momentos de extrema emoção, raiva, medo, mas ainda sim, será que ao falarmos um "não acho que sejas uma grande amigo" para aquela pessoa que ficou noites ao teu lado ouvindo você reclamar da vida, ou " eu não gosto de ti" para quem cuidou de você quando nenhuma outra pessoa o fez, temos a ideia do mal que podemos estar fazendo?
Há quem repita por ai que quem bate esquece, mas quem apanha jamais, então é ai que devemos repensar no que falamos, será que o que eu disser pra alguem não vai magoa-lo, feri-lo, e eu tenho ideia do quanto isso pode interferir na sua vida?Será que ele não vai se sentir humilhado?
Numa discurssão, muitas vezes são reveladas muitas mágoas, verdades em mão dupla, e não consigo ver isso como algo totalmente bom, aliás , há um estudo que após 10 minutos a discurssão já tem outro foco que não o inicial. Não estou levantando bandeira de que devemos guardar sentimentos ruins, mas só devemos revelá-los se realmente o outro merecer ( sim há gente que merece uns desaforos de vez em quando, e atire a primeira pedra quem discordar comigo).
Há diálogos que machucam, que podem tranformar relações. Se há varias maneiras de se dizer algo, pra que escolher a pior forma, com as piores palavras e expressões?

OBS: Se alguem se interessar por um livro que conta um diálogo que jamais deveria ser travado, leia por favor Eu sei que vou te amar do Arnaldo Jabor, frases pesadas.

sábado, 21 de novembro de 2009

BENDITO TEMPO



Dias desses encontrei uma foto minha de uns oito anos atras. Deu saudade. Saudade de uma época em que sonhos iriam se tornar realidade, saudade de acreditar que o mundo seria uma conquista certa, da inocência de acreditar em palavras muito mais do que em gestos, saudade imensa de mim, pois o tempo não perdoa.
E fiquei pensando se eu tivesse que voltar no tempo, será que faria tudo igual, será que faria as mesmas escolhas? Dos muitos momentos que eu vivi, quais eu gostaria de realmente reviver e os que gostaria de esquecer? Me lembro agora do filme Efeito Borboleta ( do primeiro por favor, os outros eu ignorei..)onde  havia toda a possibilidade de se mudar a vida modificando algum momento, e é essa a questão, esse momento que define tudo, que muda tudo, será que somos capazes de reconhecer?
Sei que alguns momentos mudaram minha vida, nem sempre por ação, algumas vezes foi justamente pela falta de atitude que minha vida sofreu algum desvio.
Ouvi num diálogo bem pesado dias desses que o tempo não volta e não pode ser recuperado. Não mesmo, mas também não há remédio melhor que o mesmo tempo para aprender a conviver com algumas situações. Vou começar a rever fotos minhas antigas, talvez me ajudem a avaliar ou entender algumas dúvidas e (in)certezas.

domingo, 15 de novembro de 2009

DEPOIS DA SECURA VEM SEMPRE A BONANçA



Acho que já aconteceu com quase todo mundo, aquela fase que costumamos chamar de "secura". Aparentemente não aparece ninguem interessante, e muitas vezes nem desinteressante mesmo. O melhor , é que quando essa fase acaba, quando (re)encontramos alguem especial, logo, sem mais nem menos, parece que começa a chover e muito na "horta". De repente, passamos de zero pretendentes para milhares de pretendentes.
Já me perguntei porque isso acontece, e já ouvi várias lamentações a respeito ( nossa eu tava sozinho(a) ninguem aparecia, agora que to com alguem parace que sou a ultimo biscoito do pacote), então resolvi observar as pessoas que normalmente encontram alguem especial, principalmente no inicio, ( fase pos-secura), elas ficam radiante, felizes, donas de si e do mundo. È claro que alguem que está irradiando sentimentos bons vai começar a contagiar o mundo à sua volta , e sem demorar muito, vai começar a aparecer e reaparecer pessoas tentando se aproximar ( e não duvide se aquela figura que você nem lembrava que existia também lhe procurar). Não sei se esse é o único motivo, mas com certeza deve ter alguma influência.
No periodo em que estamos sozinhos ( lembrando que uma coisa é estar solteiro, outra é estar sozinho), devemos observar como está nosso humor, nossas atitudes, nossa predisposição para ser feliz mesmo, Pois se estamos bem, como querer que alguem se aproxime?
Claro, há momentos que optamos por não ter ninguem ao nosso lado, por motivos inúmeros, e se não optamos e mesmo assim aconteceu, melhor aproveitar esse momento para outros assuntos , exceto para lamentações, pois estou quase convicta que esse tipo de atitude não vai atrair momentos especiais.
Devem ter inumeros outros motivos explicando essa fase em que parece que ficamos invisivel, mas não custa nada lembrar que um sorriso pode atrair uma chuva de pretendentes e de novas histórias.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

BEIJOS E MAIS BEIJOS




Hoje estava assistindo pela milésima vez o DVD da Vanessa da Mata, e em uma de suas canções ela dispara uma frase-pra mim bombastica- " quero beijos intermináveis até que os olhos mudem de cor".
Eu quero também esses beijos, na verdade acho que todos desejam beijos assim, vida assim.
Dias desses vi um casal dançando sem musica no meio da rua, cena no minimo engraçada, mas pensei, se inveja matasse, estaria mortinha.
Podem argumentar que devia ser um casal no inicio de uma história, que seja então, o importante é que com certeza aquela dança sem musica mudou a cor do dia deles.
Me pergunto nesse exato momento o que acontece com os casais, em que momento param de viver instantes que para todo o resto do mundo é tolo? É engraçado, a vida é feita justamente da união de momentos, e se não permitirmos que esses momentos sejam mágicos, então que tipo de vida teremos?
Dizem que a rotina tira essa magia, então a rotina muda também o sentimento, porque se perdemos o tesão de dar beijos intermináveis, então provavelmente, a vontade de estar junto esteja perdido em algum lugar.
Sei que relacionamnetos não são mares-de -rosas, mas, nem precisam ser, basta que alguns momentos sejam como os que constumamos vivenciar no princípio de uma história. Tenho certeza que a vida será muito mais leve, e nós seremos muito mais felizes.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

NINGUEM CHUTA CACHORRO MORTO





È imprecionante como felicidade incomoda. Basta ter alguem de bem com a vida, cheia de projetos, em paz para alguem vir cheio de inveja querer desmontar aquele momento. Incrivel como pessoas que deixaram que a frustação tomasse conta de suas vidas se incomodam com pessoas que sobreviveram seus traumas e continuaram felizes.
Há aqueles que não suportam ver uma amizade prosperando, que fazem de um tudo para separar, há os que  ainda não conseguiram um amor para compartilhar momentos, e pronto, vai cavar uma briga no casamento perfeito daquele que ele jura de pé junto que é seu amigo.
Há inveja rondando nossas vidas, gente maldosa querendo derrubar   laços que conquistamos, e é ai que tive a certeza, só incomoda quem brilha.
Se alguem tá no fundo do poço, poucos vão lá tentar ajudar ou se incomodar, mas é só esta mesma pessoa conseguir desde uma promoção no trabalho até uma viagem qualquer, pronto, torna-se alvo de todo tipo de fofoca.
No fundo tenho pena desse comportamento, Acredito fielmente que há pessoas que nunca serão felizes, porque não sabem ser, ou porque só a encontram quando prejudicam alguem. Não devemos deixar de brilhar, e se alguem se incomodar com isso, dou as costas sem antes dar um sorriso e dizer : ACEITAAAAA eu sou é feliz.

domingo, 1 de novembro de 2009

SE TODOS FOSSEM IGUAIS A ELES...


foto do musical


Hoje assiti um espetáculo maravilhoso  no teatro, o Musical Tom e Vinicius. Foi muito melhor do que imaginei, foi mágico. Me deliciei com os diálogos travados, alguns com frases que entraram para a história ditas por Tom e Vinicius. Figurino impecável e vozes maravilhosas ecoaram legítima Bossa Nova. Me senti como naqueles momentos em que se agradece a vida por estar vendo um espetáculo.
Admito que fou fâ incondicional do poetinha.Minha relação com a Bossa Nova aconteceu cedo, mas foi aos 13 ou 14 anos que conheci a obra de Vinivius e pronto, foi o suficiente para me apaixonar e repetir por todos os cantos que se ele fosse vivo, daria um jeito de ser uma de suas milhares de mulheres.Vinicius amava o amor, gostava da sensação que estar apaixonado provoca, talvez por isso tenha tido tantas paixões, tantos grandes amores. Drummond dizia que ele não era só um poeta, ele vivia a poesia em si.
É tão grande minha admiração por ele, por sua poesia e música que a primeira vez que fui ao Rio, tive que ver de perto os lugares em que ele frequentava, alias a minha curiosodade em conhecer o Rio surgiu por eu querer conhecer a cidade que o insperou tanto.
Vinicius e Tom marcaram a musica brasileira, uma parceria misturada com amizade que inspiram a tentar viver de forma mais leve e bonita.
Espero rever o musical outras vezes. Que a Bossa Nova seja sempre bem vinda nesta cidade e na minha vida.




terça-feira, 27 de outubro de 2009

M.C. Escher.

Dias desses uma amiga minha me perguntou de cara, sem tempo para pensar em nada se eu sabia o que queria da vida. Olhei para ela, e mesmo com medo do que iria respoder, falei, rápido e honestamente um não, não sei.
 Imagino milhares de pessoas horrorizadas se perguntando como alguém de trinta anos não tem ideia do que quer da vida. Eu mesma fiquei depois pensando na minha resposta, e algo em mim me dizia que claro que eu deveria saber o que queria da vida, ter um objetivo, lutar por ele e pronto, mas depois dei um sorriso. Eu não tenho um objetivo, tenho vários. Não quero uma coisa da vida, quero várias. E não vou me sentir culpada por isso.
Quantas pessoas são realmente o que gostariam de ser? Quantas pessoas realmente viveram seus sonhos, ou pelo menos parte deles? Quantas pessoas não sabem o que querem, e se mascaram em cotidianos e sorrisos que escondem frustação (quando escondem...) Se a vida não deu muitas oportunidades, devemos criá-las, se não soubemos aproveitá-las, vamos assumir a inexperiência?
Insisto, temos a vida que escolhemos ter. Já ouvi milhares de vezes pessoas falando "quem me dera poder viajar, quem me dera isso ou aquilo..." Ora, quem disse que elas não podem, além delas mesmas?
Quando minha amiga me perguntou se eu sabia o que queria, imagino que deva ter falado que queria umas coisas bem diferentes umas das outras, talvez até incompatíveis, mas também não me sinto mal em assumir que não sou 100% uma coisa, sou mesmo um mosaico.
No fundo, comecei a acreditar que muitos decidiram esquecer algumas vontades (consideradas pouco convencionais) e assumir outras (consideradas mais convencionais). O que considero normal, assim como considero normal e corajoso quem segue o oposto. O que me faz rir são pessoas que continuam taxando de loucos quem resolve jogar tudo pro alto e recomeçar , ou não recomeçar, dar tempo para se conhecer, tempos que só os humanos são capazes de ter necessidade.
 Repito amiga, não, não tenho certeza de muitas coisas, sempre fui amante da dúvida, tenho medo de decidir algo como objetivo e quando ele acontecer eu perceber que me enganei, tenho medo de ficar presa em situações, pois sou inconstante o suficiente para me enjoar delas. Mas sigo meu coração e sou leal aos meus sentimentos e desejos mesmo os repentinos. Tenho uma cabeça dura e quando quero algo vou lutar até o fim, sem medo algum de me expor. A única certeza que tenho é que quero ser feliz, e  se um dia descobrir que seria capaz de abandonar uma vida pra dar lugar a uma outra, farei isso, por enquanto quero continuar conciliando a minha fome de mundo com a vida de escritório.

Obs.: A minha amiga também não sabe o que quer da vida. :-)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

VI MOSTRA CURTA PARÁ CINE BRASIL



Quando li no jornal esta semana que em Belém estaria acontecendo a VI Mostra Curta Pará Cine Brasil, chamei logo uma grande amiga e nos dirigimos ao Cine Olympia( cinema mais antigo do Brasil, construido ainda na época da Belle Èpoque  e atualmente tombado pela Prefeitura). A oportunidade dessa atualização do que está contecendo no cinema nacional é incrível. Assistimos quatro curtas, O Superbarroco, Minami em Close-up, Homens e Ana Beatriz, e o mais interessante, é que são Mostras Competitivas, ou seja, o público vota no Curta que mais gostou. Porém o que me deixou mais feliz ainda, foi o fato de ter asistido o curta de animação paraense " O rapto do peixe boi", com a presença de seu Diretor Cássio Tavenard,. A animação é com os mesmo personagens da Festa na Pororoca, e segundo o diretor vai virar série na TV Cultura de SP. È de se orgulhar.
O evento vai até domingo dia 25, com certeza irei assistir outros curtas e indico para qualquer pessoa que seja amante de cinema prestigiar a Mostra. Fiquei pensando em quem diz que em Belém não acontece nada, e não há nada de diferente. Certo que aqui não é nenhum centro repleto de novidades a cada  semana, mas honestamente, para quem procura fazer coisas diferentes, a nossa cidade já oferece , e os dias na mangueirosa só ficam iguais para os que são iguais nas suas escolhas de programação.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

AMIZADE





Domingo passado assisti a peça "Aonde está você agora? com Bruno Galhiasso e Thiago Martins. A peça tem alguns diálogos interessantes , mas talvez fosse gostar mais se eu tivesse assistido com uns 10 anos a menos. O mais importante foi o assunto abordado: Amizade.
Sempre repito uma frase, nunca fiz um amigo. Os reconheci. Reconheci afinidades, reconheci bons corações, e com certeza temperamentos fortissimos, como o meu.
Quem nunca teve um amigo mesmo, deve se questionar se é um bom amigo. Amigo é aquela pessoa que você admira, que gosta de dividir momentos, histórias, risos e choros. Tenho amigos de infãncia que nem sempre os vejo, mas quando nos reencontramos é como se tivessemos acabado de nos falar. Amigos encontramos ( reconhecemos) no trabalho, em salas de aula, em baladas,academia,  em todos os lugares.
Ao longo do caminho nos enganamos com alguns,  decepcionamos com outros tantos, mas nos encantamos por mais outros. Claro, há varias pessoas que chamamos de amigos, pessoas que ficamos felizes ao abraçar e sentimos que é  recíproco, mas há aqueles que por uma razão que vou chamar de encontro, sentimos como se fossem nossas almas gêmeas ( para quem acredita) , costumamos rotular de  amigos verdadeiros, e que infelizmente não cabem na palma de uma mâo.
Quando falo que existem amigos verdadeiros , estou falando daqueles que te conhecem pelo olhar, pelo tom de voz, que sabem até que atitude ou frase você empregaria em determinada situação. São aquele que te amam "apesar de" seus defeitos, suas manias loucas, suas inseguranças ou mau humor. E o melhor, sabem a hora e o jeito de te criticar, ou não. Te defendem quando te crucificam, e quando gostam de seu namorado(a), numa briga, vai sempre ficar do teu lado, e se você estiver completamente errado  pelo menos tenta achar uma forma de explicar porque ficou do teu lado. Na amizade há admiração mútua, respeito, e dias desses uma dessas amigas de alma me falou que só vamos saber se é amizade mesmo após uma briga. Se depois as pazes não acontecerem tao espontaneamente, pode ter certeza, não eram almas gemeas.
Só quem já reconheceu uma amigo/irmao sabe a importância e a felicidade que trazem, a segurança. È saber que tem alguem que está sempre lá. È saber onde dói no outro e então respeitar essa dor, è saber onde agrada para poder criar circunstancias para deixar o amigo feliz.Para mim é uma relação de amor, é um relacionamento que deve ser cuidadosamente trabalhado e alimentado como qualquer outro, só não te pede fidelidade, mas a lealdade tem que ser uma constante.
Sou agradecida á vida , me deu de presente conviver com pessoas maravilhosas que facilmente eu viveria, morreria por elas. São parte de mim, uma extensão de minhas insanidades, aventuras, de minha incostancia, e de tudo que tenho de bom no meu coração.

 Há um trecho de uma musica que lembra minha infãncia  e dedico aos meus amigos que sabem que são minha familia também:

" mas se é amigo não precisa mudar, é tão lindo, deixa assim como está que eu adoro, adoro, dificil é a gente explicar..."

domingo, 18 de outubro de 2009

A TAL DA INTIMIDADE

Após observar algumas pessoas próximas, situações mais próximas ainda, percebi o quanto a intimidade pode ser desastrosa.

Quando adquirimos intimidade com alguem, quando aprendemos a conhecer seus gestos , quando se tornam tão proximas da gente, é incrível como conseguimos saber que estado de espirito e estão, mesmo que elas neguem. As vezes somente o tom da voz já revela algum sentimento. O mais interessante é que as vezes só você percebe essa mudança, os outros não vêem essa diferença.

Podem chamar de intuição, vou denominar de intimidade. Mesmo por telefone somos capazes de reconhecer quando a outra pessoa está escondendo algo, mentindo, ou chateada.

Até pode ter seu lado positivo, mas estive pensando será que o que as entrelinhas que reconhecemos gostariamos mesmo que nos fossem reveladas, pior ainda, será que o que a outra está tentando ofuscar, gostaria que fosse questionada?

Com o tempo decidi uma coisa, que mesmo percebendo algo de diferente no outro, não devo questionar. Se a pessoa quiser falar algo que me conte, não vou instigar, ainda que desconfie que algo está errado. Decidi respeitar os limites dessa intimidade, e espero que respeitem a minha, e tudo o que quiser esconder atraves de palavras, ainda que estas sejam sem sentido algum.

Há uma frase que diz que " intimidade é uma merda", e pode até ser, mas será que vá feder menos ou incomodar se colocarmos limites?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

FÉ.

Esse final de semana aconteceu a maior festa dos Paraenses, o Cirio, festa católica em que reunem dois milhoes de pessoas. Não tem como descrever a festa, a emoção e fé presente nos rostos dos fiéis, a esperança, dor ou agradecimento através de cada lágrima. A corda, um sacrificio dificil de acreditar que alguem possa conseguir segurar.Não é só uma procissão, são várias, é o almoço tradicional, são as festas "profanas" que já fazem parte da programação, homenagem de todas as formas. Independente de quem acredite na Santa, em catolicismo ou religião, não tem como negar que aquele momento envolve uma magia. Não tem palavras para mensurar o amor dos paraenses por Nossa Senhora de Nazaré, talvez nem as imagens demonstrem a energia que envolvem esses dias. Ainda sim vou postar algumas, e já recarregada da proteção de Nossa Senhora, sigo mais leve e em paz.







sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DESCONHECIDOS

Camila, Eu e Max.

Algumas vezes, cruzamos com algumas pessoas pela vida, e elas sem nenhuma pretensão, nos deixam algo, nos fazem refletir. Não estou falando de pessoas que convivemos por algum tempo, ou que aprendemos a chamar de amigas, estou falando daquelas que cruzamos uma vez na vida, numa fila, numa viagem, em um lugar qualquer e sabemos que há a possibilidade de nunca mais na vida as encontrarmos novamente.
Já ouvi que atraimos pessoas parecidas com a gente, ou que atraimos situações que nos demostrarão algo, mas, sem discutir sobre coincidências ou acaso, a vida surpreende com cada figura que nos apresenta.
Também admito que precisamos estar disponíveis para diálogos com desconhecidos, e toda vez que me propus sempre foi para somar. Em situações como essa costumo me calar ( o que é dificil pra mim, rs) e ouvir, tentar captar o outro.
Já me deparei com gente que reclamava de tudo, com aparência tão densa que parecia carregar o mundo em suas costas. Dessas pessoas não lembro nem mais o rosto, e só ratifiquei a idéia de que devemos ser sérios com o que deve ser sério, senão, nos tornamos chatos e acabamos por repelir os demais.
Muito comum encontrar aquelas pessoas que saem contando a vida delas pra gente, sem nenhum protocolo, muitas vezes escutamos histórias bem interessantes, normalmente de gente com muita força ou determinação, outras vezes histórias tristes, mas também com superação. Sempre observo as entrelinhas dessas histórias, são nos pequenos detalhes e comentários que constumamos entregar o que muitas vezes nem nós percebemos que existe.
Encontrei algumas que me marcaram de uma certa forma, que deixaram em mim questionamentos e uma certa leveza, como um tatuador num ônibus de Paraty para o Rio com uma história (prometo que depois comento sobre isso) que jamais imaginaria ouvir de alguém com uma profissão não tanto convencional (a humanidade e seus pré- conceitos...) . Cruzei meu caminho também com uma carinha que tinha rodado o mundo de mochila, totalmente viajado e cheio de histórias para contar. Conheci também uma hippie chamada Camila. Essa merece inclusive um desenvolvimento maior.
Camila conheci comprando um brinco dela em Jericoacoara, alto astral. Num passeio de bugue para Tatajuba ela pediu uma carona, pois ia pegar sua bicicleta para continuar rodando o país e passar pelo Pará ( forma inclusive que ela me chamava). Pessoa leve, nos animou o passeio inteiro, fez com que um momento muito legal se tornasse especial, foi um dia maravilhoso. Das muitas conversas que trocamos, embalados pela cerveja, dunas e praias do Ceará, me chamou atenção a alma livre que ela tinha ( comum entre os hippies) , sua loucura com algum sentido, se isso for possível, a justificativa de que ela não deve ficar parada num só lugar: não tinha filhos e nem era casada, aliás, sobre esse assunto, ela foi clara, não ia se casar com seu pretendente (no caso um estrangeiro), já que ainda faltava conhecer outros estados do Brasil.
Em um momento ela me intrigou, já que perguntou à pessoa que há quase três anos habita em meu mundo, o que faltava para estarmos casados. Como assim? Alguém que escolhe uma vida tão livre também ter seus momentos de ser presa a rótulos, conceitos? Nunca imaginei. Mas ela tem todo o direito de pensar como quer, e de mudar de opinião quando quiser, como qualquer outro. Falou que era formada e que pertencia a uma família de hippies. Cada vez mais me apaixono pelas diferenças. Não há moldes para o certo e o errado, há convenções e cabe a nós decidirmos se queremos segui-las ou não, e se não, não há motivos para sermos crucificados.
Ela não faz idéia do quanto foi especial aquele encontro. A probabilidade de reencontrá-la é quase zero, mas tenho certeza de que onde ela estiver vai estar sendo leve, e levando boas energias para o mundo e para as pessoas.
Que a vida me permita conhecer e conversar com muitos desconhecidos ainda.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mão única ou A recíproca não é verdadeira


Percebendo algumas atitudes cheguei à conclusão que alguns ainda são filhos egoístas. Sim, a maioria dos filhos ainda age como se todos os males de suas vidas fossem culpa dos pais. Então ouvimos coisas do tipo, meu pai não me deu atenção, minha mãe saía pra trabalhar e me deixava com a babá, meus pais nunca me deram liberdade, fui criado(a) por avós, tias, madrinhas, então sou traumatizado (a).

Alguém lembra que antes deles serem pais são pessoas comuns, que sofrem, sentem tesão, sentem saudade, amam, precisam de dinheiro ou têm medo? Aliás poucas coisas devem dar tanto pavor do que acertar na escolha de dar uma vida melhor para um filho. Será que os filhos esquecem que seus pais são humanos e não super-herois?

Eles não têm o dever de acertar sempre, podem até ter o dever de tentar, mas são mortais, e como qualquer outro têm o direito de errar. Acompanho bemmmm de perto uma situação em que os pais por não terem condições financeiras e geográficas de criarem seus filhos sozinhos, a família arrumou uma forma de ajudá-los, às vezes imagino se esses filhos vão questionar o porquê desses pais não terem os criados no inteiro do Pará, como se para esses mesmos pais fosse fácil dividir a criação de seus filhos com parentes, e principalmente conviver com uma saudade imensa e quem sabe com uma frustação de não poderem criar seus filhos sozinhos.

Uma amiga resumiu de uma forma bem correta, os filhos costumam ser egoístas, querem que os pais vivam em torno de suas vidas e seus problemas, como se os pais não tivessem seus próprios conflitos pessoais. Faz algum tempo que parei de culpar meus pais por meus traumas ( uns dez anos no mínimo...), se eu não consigo aceitar que um ser humano pode ter feitos escolhas não tão felizes, que tipo de pessoa eu sou? Só porque alguém gerou uma vida não significa que vá ter que deixar de ser humano, passar a ser santo e se doar completamente. Tem que cuidar, com certeza, afinal, ter filho é uma opção, tem que educar, repassar princípios, prepará-lo para um dia sobreviver sozinho, mas insisto não tem o dever de fazer tudo "certo", sendo que este certo é na concepção do filho.

Não tenho filhos ainda, mas sou filha, amo meus pais e não acho que eles acertaram sempre, mas e daí? Eu acertei sempre? rs.

Pai e mãe de uma certa forma, sempre vão buscar caminhos para propiciar melhores condições de vida para seus filhos, melhores chances e oportunidade para que voem em lugares que muitas vezes eles nem tiveram coragem de sonhar. E pode ter certeza, nem sempre esses caminhos são fáceis para os pais. Será que não está na hora de encarar que o que acontece com você é totalmente culpa sua, inclusive seus traumas? Ora você escolhe como encarar as situações, você escolhe que roupa vai usar, que livro vai ler, que amigos quer ter, porque não escolher assumir também que a questão não é o que fazem contra ou a favor de você, e sim como você encara isso. Tenho uma amiga que tá sempre sorrindo, e, enfrenta problemões em casa, o que ela faz? Segue adiante, sem culpar ninguém, sem condenar ninguém, fez de suas dificuldades e limitações, conquistas e sem rancor.

Sempre repito, não importa o que a vida fez com você, e sim o que você fez com o que a vida fez com você. E parem de culpar os pais, ao invés disso, disponibilizem seu tempo com ele ( quantas vezes você abriu mão de dar uns beijos , de sair pra balada, ou para passear com os amigos pra ficar conversando com eles??). Ninguém tem a obrigação de se doar 100% por ninguém, e não devemos cobrar isso, nem dos nossos pais.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

VEM CÁ, EU TE CONHEÇO?????

Se tem algo que não suporto ouvir são críticas, e acho que a maioria das pessoas compartilham dessa idéia Não gosto do fato de alguem falar o que o outro tem como defeito, até porque com algum caminho já percorrido pela vida, aprendemos a identificar gestos, palavras ou comportamentos que demonstram que não somos perfeitos, e se quisessemos saber de algo, perguntariamos.
Honestamente poucos são os que permito me criticarem , e ainda sim, só me criticam quando eu pergunto algo. Acredito que quem é amigo mesmo conhece os defeitos do outro e se continua convivendo junto, é porque aprendeu a tolerá-los.
Há situações piores, por exemplo, quando a pessoa que nos critica acabou de nos conhecer, sem ter intimidade alguma, é inadmissível. De repente a pessoa sai despejando desvios, sentimentos que você tenta esconder, tem dificuldade para reconhecer, ou simplesmente nem acha que aquilo deveria ser questionado. É como um soco no estômago.Eu, sem querer, acabo afastando aquela pessoa de uma forma ou outra da minha vida, não que eu não vá mais gostar da dela, mas se não sabe respeitar minhas limitações, nunca vai poder ser um amigo meu, poder compartilhar momentos especiais. Mas jamais vou responder uma critica, vou fazer de conta que ela nunca existiu, esquece-la, como a pessoa que ousou apontar minhas falhas sem que eu quisesse saber delas, torna-las de domínio público. E se esse for mais um defeito meu, fazer o que?
Não devemos sair por ai criticando ninguem, apontando os defeitos e fraquezas alheias, não sabemos que tipos de fantasmas, monstros ou fadas as pessoas escondem em pequenas ou grandes situações, além do mais, o que dá o direito de alguem julgar um comportamento?
Há situações em que pode até haver críticas construtivas, mas estou começando a desconfiar que esse tipo de critica vale mais quando o assunto é profissional, pois é muito complicado criticar alguem em suas escolhas, pois será que existe um tipo de comportamento certo e um errado? será que existe alguem sem nenhum defeitos? e será que quem critica muito aceita ser criticado ou será que se acha o dono(a) da verdade, como se só existisse uma verdade.
Me lembrei de um quadro que tinha num programa desses de comédia, onde após a atriz ouvir varias criticas, olhava e perguntava: vem cá eu te conheço??? rs, as vezes dá vontade de dar respostas como essa.
Claro temos o direito de gostar de um comportamento ou não, mas será que temos o direito de questioná-los, principalmente, se esse comportamento nunca nos atingiu, apenas nao gostamos dele por motivos que talvez nem identificamos.
Sinceramente, antes de pensar em criticar alguem, melhor pensar duas, três vezes, pensar até desistir de criticar se necessário, o importante é analisar se aquilo que tanto está lhe incomodando , você será capaz de tolerar, se não, mude de amigos. Se for capaz de tolerar, aprenda a conviver com as diferenças. Com certeza a vida se tornará muito mais leve.O segredo pra mim é esse, gostar das pessoas como elas são, sem tentar muda-las, ou não gostar delas, o que também é um direito. Simples assim.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

DECLARAÇÃO DE AMOR

Haryscow ( segundo a Dani) não gosta muito de fotos...

Nunca tive muito jeito com bichos. Animais nunca foram meu forte, achava bonitinho, mas bem longe de mim. Mas também fui criada para isso, minha mâe ODEIA animal dentro de casa, dessa forma as tentativas para ter um bichinho de estimação sempre foram frustadas. Porém há um tempo atrás ,na garagem de casa ,apareceu um filhote de gato , e achei de dar comida pois era visivel que não comia já havia alguns dias. Dava comida e tinha que sumir pois ele era totalmente avesso à movimentação humana, era só tentarmos chegar perto que ele parecia que ia nos atacar. Foram passando os dias, ele ainda arisco , mas já começando,assim como eu , a "amolecer o coração".

Essa história de "amor" começou há mais de um mês, já o levei ao veterinário, e tenho todo o cuidado possivel com a saúde dele, é a atração momentânea da casa, até minha mâe já tem receio quando ele quer ir pra rua. Mas o principal, é que comecei a observar o gato, suas atitudes, sua independência. Aliás, acho que é essa caracteristica que me faz gostar dele. A independência. Costumam criticar os gatos por serem interesseiros, traçoeiros, mas estive refletindo sobre isso.

Ele chegou lá em casa, gato de rua, como dizem " se virava" por aí, desconfiava obviamente de todos que chegavam perto dele, natural quando se aprende cedo que a vida não é um mar de rosas, e quando resolveu dar um tregua, aprendendo a confiar, logico ficam sempre com aquele olhar de que "acredito e não acredito em você", e honestamente ninguem mais acredita 100% em alguem que acabou de conhecer, ninguem que pelo menos tenha percorrido já boa parte do caminho da vida, afinal as pessoas podem ser boas, mas tem defeitos, e muitas vezes só com muuuuuuuuuuuuito tempo nós os conhecemos.

Um hábito ele não perdeu: noite. È só chegar de noite, coincidencia ou não, preferencialmente às sextas feiras, ele quer ganhar a rua, e tem vários amigos que ficam o esperando na porta de casa. Já me falaram para prende-lo, não permitir que saia, sei que talvez fosse menos perigoso pra ele, mas acredito que estaria atravesando sua natureza. Gosto de reparar seu comportamente ( alias esse é uma das minhas caracteristicas, observar o comportamento de todos que me cercam...) e cada vez mais me encanto, ele é dono de si. Já me falaram, para não dar comida para ver se ele não vai embora. Ora, rs, honestamente qualquer pessoa é assim -exceto os masoquistas - se alguem não te dá mais carinho, atenção, porque permanecer lá?

Temos muito dos bichos na gente, talvez o instinto de sobrevivencia seja uma das maiores provas disso. Tenho me descoberto nessa história. Já me perguntei se teria me encantado por ele se ele não tivesse dificultado pra mim no inicio, ou se ele fosse dependente de mim, ou me olhasse como se precisasse de mim, nunca saberei a resposta, mas estou desconfiada que talvez tenha uma alma meio felina, afinal, a noite é minha segunda morada, detesto depender dos outros , e posso me jogar no mundo pois sei que vou sobreviver.


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"Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás"
( História de uma gata - Chico Buarque)
PS: Quando cheguei em casa minha mãe havia comprado uma coleira para o meu gato. Ele não gostou e tanto mordeu e se estranhou com o " colar" que conseguiu que ela não ficasse no seu pescoço. Mais uma vez afirmo, devo ter alma felina. Não nasci para coleiras.