domingo, 26 de fevereiro de 2012

"Os opostos se distraem, os dispostos se atraem" Teatro Mágico



Já houve um tempo em que acreditei que o amor era o unico comandante das relações, depois essa idéia se misturou com a de que quando tiver que acontecer , acontece, que Deus poe no caminho e pronto. Entao, conversando com uma amiga (que quando a conheci, ela era uma menina de uns 10 anos de idade no maximo)ela me fez parar e (re)pensar mais uma vez.
Ela me olhou e disse que Deus, a vida podia até colocar a pesoa "certa" ou como gosto de falar alguem especial, mas somos nós quem escolheremos o que fazer com aquele presente de Deus, da vida.
Sim, são nossas escolhas, nossas decisões que nos aproximam ou nos afastam das pessoas.
Entaõ comecei a desconfiar que as histórias sõ acontecem quando realmente queremos que elas aconteçam. O Teatro Mágico já falou "Os opostos se distraem, os dispostos se atraem".Acho que eles estão certos.
Não importa somente se são duas pessoas iguais ou se são opostas o que importa é estarem dispostas. Se relacionar não é facil. Não é facil conviver com nossos familiares, com os amigos que escolhemos, imagina conviver com um até pouco tempo estranho, pra isso só muita disposição.
Lógico temos que estar no minimo encantados, admirados com o outro, mas temos que permitir que isso aconteça, é facil não ligar no outro dia, ou inventar uma desculpa para rejeitar o convite pra sair, dificil é começar, é tentar viver mais uma história, dificil é sobreviver a um primeiro encontro e aos outros onde serão descobertos as manias e defeitos do outro.
Que fique claro que essa disposição tem que ser dos dois, pois caso contrario o nome é ilusão.
Reavaliando anos de romantismo nas minhas raizes, posso afirmar hoje que estou acreditando nas relações que vão sendo construidas aos poucos, detalhadamente, com vontade, porque há energia voltada pra que ela dê certo, e cada vez mais convencida que Artuh Távola tava certo : "só o amor não basta".

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ESQUECEMOS DO BÁSICO....




Lá estava eu na fila de rematricula do ingles , pois bem quando chega a minha vez, um menino de 12 ou 13 anos senta na cadeira para ser atendido. Olhei, pedi licença e falei que estava na fila, ele me olhou sem o menor constrangimento e me disse: to nem ai.
Eu fiquei incrédula. Juro. Na verdade tentei argumentarargumentos estes que foram ignoradas por ele.
Voltei pra casa indignada e triste. Com que exemplos estão sendo criadas as novas gerações? Fiquei me perguntando, aonde foram parar as palavras magicas: obrigada, desculpa, por favor e licença? Aonde foi parar o respeito?
Minha mãe me falou que com certeza pro menino ter me respondido daquela forma ele já deve ter visto os pais fazerem a mesma coisa, já deve ter exemplos de desrespeito ao proximo.
Não quero ser moralista, mas por favor, até quando vamos continuar agindo como homens da caverna , e o pior permitindo que crianças desde cedo não tenham idéia do que não é agir como um troglodita.
Sempre penso na responsabilidade que é educar uma criança, mas e nós será que estamos de fato sendo educados e dando bons exemplos ao mundo?Ando cansada de gente reclamando do governo, de ruas sujas, da politica, mas ando mais cansada de ver essas mesmas pessoas jogando lixo na rua,furando filas, tratando com ignorancia ou soberba as outras pessoas, estacionando em vagas de deficiente, construindo calçadas ( quando controem) sem pensar no pedestre. Alguns fatalistas dizem que é o final dos tempos, não sei se tem razão, mas sei que cada vez mais vejo pessoas sem a menor noção do que é viver em uma sociedade e de ter respeito pelos direitos e pelos outros.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012


Havia desistido de escrever no blog. Havia inclusive pensado em criar um outro, mas após conversar com outra amiga que também está pensando em retomar a vida de blogueira, resolvi reler o que eu já escrevi desde que o criei.
Gostei de rever todas as fases que passei nos últimos anos, gostei de me ver , de me reconhecer e principalmente de perceber as mudanças que foram acontecendo nos últimos anos. Rever viagens que me foram mágicas, opiniões que continuo tendo e outras que foram sendo modificadas, sentimentos que enterrei , que acabaram, e alguns que me fizeram sentir saudade, planos concretizados e outros adiados.
Ao acabar de relê-lo senti algo que não consegui descrever, senti felicidade, paz, e a sensação (certeza) que TUDO, absolutamente tudo, passa, como uma vez alguém disse, não há dor nem felicidade que dure pra sempre. Isso é vida.
Não tenho porque desistir do blog ou de escrever o que me dá vontade, porque ainda que eu esteja vivendo sem grandes novidades, em uma rotina momentaneamente pesada, no fundo a vida não é feita somente de grandes acontecimentos merecedores de holofotes. A vida é feita de fatos e histórias de cotidiano, que acontecem enquanto esperamos em alguma fila, enquanto dirigimos, enquanto trabalhamos, enquanto respiramos. E se ninguém vier a ler, tudo bem, toda vez que eu sentir saudades de mim já sei aonde me encontrar, retalhada como em um mosaico.