quinta-feira, 16 de junho de 2011

Quem somos nós?

Andam gritando demais, falando demais, percebendo menos; sentindo menos. Todos tem opiniões sobre tudo, até sobre o que não entendem, sobre o que viram de relance na TV, ouviram algo na rua, pronto, já "sentenciaram" conforme convicções proprias, sem verificar nada de perto.
Aparentemente ninguem tem tempo para absorver algo ou alguem, é como se tudo estivesse já resolvido, rotulado, nada mais a ser inventado ou sentido, como se todas as histórias já estivessem sido contadas, e sinceramente, ninguem nem sabe quando ou se realmenente são verdadeiras, mas sabem que alguem contou. que alguem disse que alguem ouviu por ai.
É como se ninguem tivesse paciência para averiguar fatos, para acompanhar algum movimento novo, ou pior ainda para tentar explicar algum mal- entendido, é como se o mundo tivesse perdido a capacidade de tentar se entender.
Estou começando a desconfiar que trouxemos o mundo virtual para o mundo real, histórias, sentimentos, vidas descartáveis, completamente interessantes hoje, inteiramente esquecidas amanhã.A
única coisa que vai valer é seu pre-julgamento, é o que você já se condicionou a acreditar que é certo, viramos todos robotizados, ou nos perdemos em uma grande torre de babel?
Ninguem tem tempo pra nada e estão sempre ocupados. Não há tempo de aprendizados. alias não há tempo para livros, não há tempo para perceber o amigo que está sempre por perto, não há tempo para doações, alias ninguem mais parece estar querendo doar nada, somente receber, receber informações para repassar adiante sem nenhuma certeza de veracidade ou aprofundidade, receber um carinho quando se está querendo um carinho, nem que se parassemos pra pensar talvez nem seja tao merecido besse carinho.
Perdemos a capacidade de nos aprofundarmos, decidimos que não há tempo pra isso. Decidimos que não precisamos realizar grandes laços, pois aprendemos a viver sem eles. Estou começando a creditar que decidimos parar de sermos humanos e decidimos "levar com a barriga" o que algum tempo atras chamavam de vida.

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