domingo, 19 de setembro de 2010

DAS CARTAS QUE NAO ENVIAMOS

                                  




Há dois dias, despretenciosamente, olhei para o relógio que me destes ano passado e descobri que me amastes.
Me amastes enquanto eu jurava que nao era correspondida e te maltratava com meu desespero.
Me amastes entre todas as nossas viagens e nossos porres que quase sempre acabavam em brigas.
Sentias saudades e eu acreditava que quando me procuravas era tédio pelas tuas outras mulheres.
Tinha um molde pro amor e nao percebi que não te enquadravas nele.
Me amastes do teu jeito.
 Com uns "eu te amo" através de mensagens depois de meses em que implantavamos o silencio entre nós, e eu sempre negando que sentia o mesmo, sempre negando que poderia ser verdade.
Sempre caia nos teus braços desconfiada de teus sentimentos por mim, sempre insegura achando que a qualquer momento ias receber uma ligação e ias embora.
Te amei exageradamente e  fui tao cega que nao percebi que me amavas também. Teu jeito egoista brigava com o meu, minha inconstancia gritava com tuas esquisitices, não eramos opostos, nem tao parecidos, no fundo, acho que nao acreditei verdadeiramente em você, desta forma, não acreditei na gente.
Me amastes e eu não reconheci. Olhando aquele teu ultimo presente pensei que talvez pudesse ter sido diferente, ou nao. Senti saudades do que sentias por mim, do que demostravas e do que não demostravas, da nossa cumplicidade, que só agora descobri que era real. Agora que cada um tem sua vida, em que somos passado , quem sabe você possa me desculpar pela minha parcela de culpa. beijos e pela ultima vez adeus.

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